Com mais crítica, Marcius Melhem promete novo "Zorra" popular e inteligente
Ana Cora LimaDo UOL, no Rio
Humor na televisão pode ser popular e inteligente. Com essa ideia em mente, o humorista Marcius Melhem pretende levar mais crítica ao novo "Zorra", que estreia na Rede Globo no próximo dia 9, sem deixar de ter apelo com o público que acompanha o programa há anos.
"Temos de parar com um certo preconceito de que inteligente não é popular, o que é popular não é inteligente. Acho que a gente pode agregar uma certa crítica dentro de um programa de humor, um certo comportamento. E acho que o público compra, entende", disse Melhem ao UOL em evento realizado pela emissora para apresentar as novidades do programa à imprensa. Ao lado de Celso Taddei e Gabriela Amaral, ele é responsável pela redação final na nova fase do humorístico.
"Os programas populares dos anos 70 eram mais rápidos do que vamos fazer, só que a gente foi perdendo essa velocidade. Estamos retomando essa velocidade. Os temas estão populares e não estão difíceis", completou.
Em um clipe de sete minutos exibido aos jornalistas na noite de terça-feira (28), foi possível notar uma aproximação com o "Tá no Ar", comandado por Melhem e Marcelo Adnet e com terceira temporada confirmada para o ano que vem.
Apesar da mudança de formato e direção – desde 2014 o programa é comandado por Mauricio Farias, que substituiu Maurício Sherman após 15 anos –, o "Zorra" continua a ser exibido aos sábados. A cada episódio, serão 20 esquetes de humor, com 3 minutos de duração. Outra novidade é que além de cenas gravadas em estúdio, o "Zorra" também terá gravações externas.
O atual elenco terá 45 atores, entre remanescentes do extinto modelo – casos de Fabiana Karla, Nelson Feitas, Talita Carauta, Rodrigo Sant'Anna e Mariana Santos, e os novos artistas, com destaque especial para a ex-"CQC", Dani Calabresa. Vários tipos serão interpretados por ela, desde a mãe de um menino tarado a uma policial da lei seca, ou a dona de uma cantina e a mulher de um delegado.
Para Melhem, o maior desafio da mudança é manter o público do programa e atrair novos telespectadores. "Tudo foi muito difícil, mas a maior dificuldade foi pegar uma programa que precisava ser reformulado, mas que ia bem de audiência. Tinha um público, mas era vontade da emissora que ele fosse reformulado. O desafio foi manter esse público, não traí-lo, mas trazer também pessoas para assisti-lo. Trazer pessoas que não gostavam desse programa porque o achavam chato, ultrapassado", declarou.