"Estou caindo de paraquedas", diz Débora Duarte sobre papel em "Babilônia"

Giselle de Almeida
Do UOL, no Rio
Reprodução/"Babilônia"/GShow
Celina (Débora Duarte) será tia de Inês (Adriana Esteves) em "Babilônia"

No meio do turbilhão de reviravoltas na trama de "Babilônia", Débora Duarte entra em cena com Celina, uma personagem-chave para a explicação do segredo de Inês (Adriana Esteves) ao público. Em cenas que vão ao ar a partir desta quinta-feira (8), a advogada confidencia para a tia o motivo de sua obsessão por Beatriz (Gloria Pires), de quem deseja se vingar desde a adolescência.

Mas Débora garante que ficou alheia às alterações que a história vem sofrendo para recuperar a audiência, que decepcionou nas primeiras semanas - apesar da boa repercussão nas redes sociais.

"Fui convidada há pouco tempo. Assisti a alguns capítulos, mas não estava acompanhando essa movimentação, prefiro não comentar para não falar besteira. Estou caindo de paraquedas. Sei que os autores são bons, muito experientes. E começo de novela é sempre assim, passa por ajustes", analisa a atriz que trabalha na TV há 50 anos.

Entrar na trama nessa altura do campeonato não lhe preocupa, ela garante. "Não tenho nenhuma preocupação mesmo. Claro que é diferente entrar em uma coisa já plantada, tenho que correr um pouco atrás. Mas é só essa a diferença. É um desafio, mas uma obra aberta dá tempo de ir construindo a personagem aos poucos. Estou bem contente", continua.

Tia amorosa

Sobre Celina, ela diz que sabe pouca coisa. Só adianta que ela entra na trama sem nenhum outro parente por enquanto, um filho ou marido. E mantém uma boa relação com a sobrinha, que ela criou desde os 15 anos de idade, desde a morte da irmã. "É mulher simples, alegre, amorosa. Os defeitos ainda não tive tempo para descobrir", brinca a intérprete, que contracena pela primeira vez com Adriana. "É uma alegria trabalhar com ela. Nós nos demos muito bem em cena", comenta ela, que acredita que sua personagem permaneça na trama até o final.

Na trama, Inês confidencia à tia que aceitou passar pelas humilhações impostas pela arquiteta porque deseja tomar o lugar que julga ser seu por direito. Quando as duas ainda eram adolescentes, Beatriz teve um caso com o pai da advogada, que foi denunciado e preso. Antes de se matar, na cadeia, ele deixou um bilhete apaixonado para a amante. 

"Beatriz precisa de alguém como capacho, que faça o serviço sujo. Inês, por outro lado, não teria trabalho e nem dinheiro sem Beatriz, pois na idade dela é difícil conseguir um emprego desses. Mesmo com as rasteiras que uma dá na outra, uma precisa da outra. São duas mulheres doentes. Beatriz se acha inatingível e não percebe que Inês está armando contra ela", afirma Ricardo Linhares, um dos autores da novela, ao lado de Gilberto Braga e João Ximenes Braga.