Depois de viver Jesus, Rodrigo Santoro começa a gravar "Westworld" em março
Giselle de AlmeidaDo UOL, no Rio
Oito anos depois de se despedir de "Lost", Rodrigo Santoro volta à TV americana em outra atração que tem o carimbo J.J. Abrams nos créditos. Atualmente na Itália, por conta das filmagens de "Ben-Hur", em que interpreta Jesus Cristo, o brasileiro viaja em março para os Estados Unidos para se dedicar exclusivamente ao fora da lei Harlan Bell, seu papel na série da HBO ainda sem data de estreia.
Embora seja a adaptação de um filme de Michael Crichton ("Jurassic Park") de 1973, o programa vem sendo cercado de segredos. O que se sabe é que a ação se passa em um parque temático que reproduz diversos períodos históricos, onde os androides passam a atacar os visitantes. No entanto, em entrevista à "EW", Jonathan Nolan (roteirista de "Interestelar", "O Cavaleiro das Trevas"), criador da atração, garante que há diferenças importantes entre o longa-metragem e a série de TV.
"Não posso adiantar nada (risos). Já gravei o episódio piloto, ano passado, mas sei muito pouco, e o que sei sou proibido contratualmente de contar. É um segredo guardado a 14 chaves. Mas me parece ser muito interessante, estou me sentindo estimulado", contou o brasileiro de 39 anos, durante uma rápida passagem no Brasil para divulgar seu próximo longa-metragem, "Golpe Duplo".
O elenco inclui ainda nomes como Ed Harris, James Marsden, Evan Rachel Wood e Jeffrey Wright, além de Anthony Hopkins em seu primeiro papel regular na televisão, como Dr. Ford, o responsável pelo parque. Com vários filmes estrangeiros no currículo, Santoro vê com bons olhos a oportunidade de desenvolver um personagem ao longo de temporadas.
"As séries têm uma característica muito interessante pro ator: elas têm uma jornada, um tempo para a transformação, a surpresa. Isso é muito interessante, e é mais difícil de ter num filme. Normalmente você não tem essa oportunidade, a não ser que esteja fazendo o protagonista", analisou o ator. "Muitos atores do cinema estão indo para a TV e fazendo cada vez mais. Existem muitos escritores, muitos talentos reunidos na televisão americana, especialmente nos canais a cabo", concluiu.