Novo membro do "Pânico" diz que não há desgaste de formatos humorísticos
Beatriz AmendolaDo UOL, em São Paulo
Com passagens pelo "Muito Show", da RedeTV, e pelo "Coletivation", da MTV, o humorista Patrick Maia irá estrear no "Pânico na Band" quando o programa voltar ao ar, no dia 22 de fevereiro. Já trabalhando no "Pânico" da rádio Jovem Pan, Maia disse que sempre teve o sonho de trabalhar no humorístico e que mergulhou de cabeça no projeto quando foi convidado por Emílio Surita.
"Desde que eu percebi que ia trabalhar com humor, sabia que em algum momento da minha carreira eu ia ter que trabalhar com esses caras, porque eles fizeram muitas coisas que têm mais de dez anos e eu ainda me lembro - e é difícil você lembrar de coisas assim da TV. São várias coisas, como o negócio do "vou, não vou", as sandálias da humildade. O pessoal fala disso até hoje", contou o humorista em entrevista ao UOL.
Avisado pela equipe do programa para esperar "surpresas", Patrick já está gravando e acredita que a nova temporada do "Pânico" irá agradar a velhos e novos espectadores. "Ninguém vai revolucionar a televisão, porque está tudo aí já, mas tem muita ideia fresca: a minha chegada, o Carlinhos, que é muito a cara do programa, voltou também. Acho que os caras que eram fãs do 'Pânico' de antes vão ficar felizes com o que vai acontecer, e o pessoal que gosta do 'Pânico' de hoje vai ter bastante coisa nova também", disse o comediante, que foi pego de surpresa pela notícia de que iria trabalhar com o deputado Tiririca: "Se me falassem que eu ia ser colega de trabalho do Tiririca, eu ia achar que estava trabalhando em Brasília".
Questionado sobre as reformulações que o "Pânico" e o "CQC" estão fazendo em seus formatos, Patrick diz não acreditar em desgaste na fórmula dos humorísticos. "Acho que não é um desgaste, acho que tudo sofre um pico no momento em que surge e depois se estabiliza. É como a paleta mexicana: na primeira semana, você chupou 12, na segunda, três, e agora você come uma por mês. O 'Pânico' é um programa que se estabeleceu, o 'CQC' é um programa que se estabeleceu. São programas que estão estabelecidos, que todo mundo sabe o que é, todo mundo sabe dizer quem são os apresentadores, todo mundo sabe citar pelo menos alguma coisa que os caras fizeram."
O humorista ainda disse que não está focado na audiência no momento. "O que me preocupa é conseguir entregar bem as ideias que prometi. Minha preocupação é olhar na ilha de edição e estar do jeito que eu quero. Não estou entrando na pira da audiência agora porque estou me preocupando com outras coisas, mas sei que essa cobrança existe."
E apesar de o "Pânico" já ter enfrentado problemas judiciais por conta de algumas piadas, Patrick não se preocupa com possíveis ações. "Eu não faço piada pensando se vão me processar ou não. Se quiserem me processar, a pessoa vai conseguir no máximo levar uma bike. Acho que o filtro tem que vir do jurídico, tem que vir do diretor, do exterior, e não de mim. Vou fazer uma coisa, se falarem que vai dar problema, tudo bem, aí vamos por outro lado. Mas eu não vou deixar de pelo menos tentar fazer o que estou achando."