Aguinaldo Silva explicou na tarde desta segunda-feira (9) a obsessão que criou por cenas em escadas feitas em suas respectivas novelas. O autor de "Império" disse que sempre "foi muito obcecado" por "escadas assassinas" e que esse tipo de cena remete "a filmes de terror".

"A escada, na verdade, é um item de filmes de terror. Quer dizer, todo filme de terror tem que ter uma escada. Alguém cai ou sobe a escada e descobre um grande segredo. Então, eu sempre fui meio obcecado por isso", afirmou Silva durante entrevista ao "Vídeo Show", da Globo.

"E aí, em 'Senhora do Destino', eu resolvi que a escada seria usada dramaticamente --ou dramaturgicamente -- pela Nazaré para matar as pessoas, nas quais ela precisaria afastar dela. E foi um sucesso. Era uma coisa impressionante", acrescentou. "Então, resolvi repetir a dose em 'Fina Estampa', com Christiane Torloni. Provavelmente, em minha outra novela teremos outra escada assassina", completou.

A fórmula foi adotada por Aguinaldo Silva em "Senhora do Destino" (2004), e repetida exaustivamente em "Duas Caras" (2007), "Fina Estampa" (2011) e, mais recentemente, em "Império", onde dois personagens já caíram e morreram na casa da vilã Cora (Marjorie Estiano).

Na última delas, Jurema (Elizângela) se desequilibra, cai e morre após discussão com o marido Reginaldo (Flávio Galvão). A cena é semelhante à realizada pela mesma atriz, quando interpretava Djenane em "Senhora do Destino", e morreu ao se desequilibrar e cair da temida escada de Nazaré Tedesco (Renata Sorrah). As duas tramas são da autoria de Aguinaldo Silva.