Intérprete da inesquecível Odete Roitman, em "Vale Tudo", Beatriz Segall garante que o público nunca a confundiu com a personagem. Mas, segundo a atriz, muitos colegas evitaram ocupar o posto de vilões para evitar sofrer rejeição. A revelação foi feita em entrevista a Antônio Abujamra no programa "Provocações" da próxima terça-feira (10), às 23h30, na TV Cultura.

"Havia um movimento  dentro da TV Globo para aumentar o salário dos atores que fizessem papéis de vilões, pois eles não eram convidados para fazer merchandising e comerciais. Eles ficavam mal quistos pelo público. Eu nunca tive esse problema", declarou.

Segundo ela, boatos de que ela teria sido agredida, publicados na época, não têm fundamento. "A famosa revista 'Amiga' publicava coisas que nunca aconteceram, que fui agredida na rua e que o público me tratava mal. Isso nunca aconteceu. O público adorava a danada Lourdes Mesquita (da novela "Água Viva") e a danada da Odete. Até hoje tem gente que sabe as frases da Odete".

No programa, Beatriz comenta ainda que é fã de séries americanas e opina sobre o conceito de celebridades, que considera a principal preocupação da nova geração de atores. "Quando começamos, os atores tinham vontade de aprender. Tentamos fazer um teatro brasileiro. Hoje, a maior preocupação é ir pra televisão. Após 15 dias são considerados celebridades. Acho engraçado esse conceito de celebridade", afirma.