Bonner se emociona em premiação e fala sobre intolerância política na web
Do UOL, em São PauloO âncora do "Jornal Nacional" William Bonner se emocionou ao receber homenagem de amigos e da mulher Fátima Bernardes durante a entrega de um prêmio no "Domingão do Faustão", neste domingo (21). O jornalista fez também um desabafo sobre a intolerância política em redes sociais.
Ao receber o troféu Mário Lago, Bonner assistiu a um VT --no qual mostra o início de sua carreira, pela Rádio USP, e o tempo em que trabalhou pela TV Bandeirantes--, foi aplaudido por jornalistas da Globo e ouviu uma homenagem feita por amigos que conhecem o outro lado do âncora.
"William é super brincalhão em alguns momentos; sério em outros. Mas é uma pessoa que está sempre disponível para os filhos, que gosta de conversar, trabalha muito, tem pouco tempo, mas o pouco tempo que tem, ele reserva para as crianças e para mim", disse Fátima sobre o marido.
Os dois completarão 25 anos de casamento no ano que vem. "Em nenhum momento, a gente pensou 'será que esse casamento vai durar muito tempo, pouco tempo'. Acho que a gente nunca teve dúvidas que seria assim", contou a apresentadora.
Bonner também falou sobre o chefe Ali Kamel, diretor de Jornalismo e Esportes da Globo, e disse que os dois mantêm uma "relação esquizofrênica". "A minha relação profissional com Ali Kamel é uma relação absolutamente esquizofrênica. Imagina: ele é o diretor, o diretor está convencido de alguma coisa e eu chegou lá e digo 'não, não é assim, não'. Ele brinca e me chama de 'grilo falante'. Eu sei ser chato, eu sei que sou chato. Às vezes, eu estou numa chateação tão grande e vou ao banheiro, olho para o espelho e falo para eu mesmo 'cara, como você consegue ser tão chato assim'?", entregou.
Ao lado de Fernanda Montenegro, o âncora do "Jornal Nacional" fez ainda um desabafo sobre a cobertura das Eleições e reclamou da intolerância política e ideológica em redes sociais. "O jornalismo da Globo amadureceu muito com a própria democracia brasileira. Desde a campanha eleitoral de 2002, que nós realizamos essas entrevistas. É curioso, porque desde 2002 todos os candidatos foram tratados, assim, de uma forma rigorosa. O que eu posso observar aqui é que, com as redes sociais, também embutem outro problema em si: os partidos políticos instrumentalizaram com robôs que estão ali para insultar outros partidos e insultar a imprensa, que faz apenas o seu trabalho. A intolerância política e ideológica que nós experimentamos neste ano foi muito ruim e ela esteve muito presente em redes sociais", afirmou Bonner.