Uma pesquisa realizada pelo Instituto de Pesquisas Sociais, Políticas e Econômicas, em cooperação com a Secretaria Nacional de Justiça e a UNESCO apontou que 97% dos pais ou responsáveis por crianças de 4 a 16 anos consideram muito importante ou importante que emissoras de TV aberta respeitem a limitação de horário vinculada à classificação indicativa. Dos 3023 entrevistados em todo o país, 94% consideram que deve existir multa para emissoras que desrespeitarem as regras e 91% acham que a classificação indicativa deve ser informada por locução e símbolos.

Quando percebem que alguma programação não tem a classificação indicativa para a criança, 55% dos responsáveis mudam de canal ou desligam a TV, 50% explicam que o conteúdo é inadequado e não permitem que ele seja assistido e 6% explica que é inadequado mas deixam ver mesmo assim.

O horário em que as crianças e adolescentes mais assistem TV, de acordo com a pesquisa, é à noite: 50% acompanham a programação noturna, 43% a vespertina e 32% a matinal. 

As mães são as responsáveis mais presentes enquanto os filhos assistem televisão com 75%, seguidos por pais com 25% e avós com 24%.

Sobre a possibilidade de bloquear canais na TV paga, 49% dos responsáveis admitem que usam o recurso sempre. A maioria (56%) também disse que sempre existe uma conversa entre  eles com as crianças e adolescente sobre os programas televisivos.

Entre os critérios utilizados pelos pais para indicar um programa aos filhos estão: ter um caráter educativo (95%), ser divertido (83%), incentivar o desenvolvimento pessoal, psicológico ou afetivo (83%) e passar informações sobre o mundo e a sociedade (81%).

A internet foi considerável o meio mais influenciável com 73% no comportamento das crianças e adolescentes, seguidos por programas de TV (61%) e jogos eletrônicos (61%) e filmes com (53%).

A maioria dos pais ou responsáveis (98%) acredita que deve haver algum tipo de controle sobre o que as crianças e adolescentes assistem na TV ou acessam na internet.

Entre as preocupações dos pais estão cenas de tortura, estupro ou suicídio (79%), cenas de consumo de drogas ilícitas (73%), dentre outras.

A pesquisa será divulgada no Seminário de Classificação Indicativa nesta quinta-feira (11). Ela foi realizada de 8 de setembro a 18 de outubro, e a margem de erro é de 1,8 pontos.