À frente do Balanço Geral, Fabíola Gadelha diz que estilo popular deu certo
Amanda SerraDo UOL, em São Paulo
À frente do "Balanço Geral – Manhã", desde segunda-feira (3), a jornalista Fabíola Gadelha tem se desdobrado para conseguir dar conta das funções de apresentadora e repórter na Record. "Está uma loucura! Acordo às 3h30 (o programa começa às 6h), saio, resolvo minhas coisas e à noite volto para participar do 'Cidade Alerta' como repórter, além da apresentação da atração aos sábados", contou em entrevista ao UOL.
Antes criticada por conta de sua abordagem nas entrevistas por "jornalistas convencionais" -- como ela classificou em entrevista em julho à reportagem --, Fabíola conta que viu a postura dos colegas mudar após assinar um contrato de quatro anos com a Record e assumir um programa matinal na emissora. "Agora é só elogios, viram que deu certo. As pessoas passaram a entender meu jornalismo e hoje o que mais vejo são repórteres fazendo igual [ao meu jeito] na hora de entrevistar um preso, indagando da mesma forma que fazia. O meu estilo está se tornando comum. Sofri muitas críticas para as pessoas aceitarem, mas tinha certeza que estava certa", gabou-se a manauense.
A chegada de Fabíola ao matinal tem surtido efeito no Ibope da emissora de Edir Macedo. Em sua estreia, ela conquistou quatro pontos – a atração marcava dois – e ficou em segundo lugar durante 1 hora e 30 minutos. "Meu jornalismo é verdadeiro, direto, sem omissão, sem papas na língua, falando o que todo mundo deseja ouvir ou falar. Os telespectadores precisam ser representados e não apenas apresentados. E o programa popular consegue intermediar o problema do paulistano de forma mais direta", analisou a apresentadora.
Com 10 anos de experiência no jornalismo policial, a "rabo de arraia" (apelido dado por Marcelo Rezende, pelo fato de seu estilo questionador na hora de falar com os criminosos) tem se reunido com a nova equipe para dar sugestões e também saído às ruas para fazer matérias para o matinal. "Gosto de saber como é o clima dos paulistanos nas ruas para saber como informar, não apresento o programa, converso com as pessoas em casa".
Sem pretensões de mudar de emissora tão cedo, Fabíola aguarda a chega dos dois filhos (14 e 12 anos) a São Paulo – eles irão se mudar definitivamente de Manaus para capital no próximo ano, mais especificamente para o bairro de Alphaville, na Grande São Paulo – e quer apenas continuar fazendo "o que gosta". Ela ainda comemorou o reconhecimento nas ruas. "Até semana passada, as pessoas me viam na rua e diziam 'corta pra mim', 'cadê o Percival?'. Agora, me chamam de Fabíola Gadelha, falam do 'Balanço'".
Até o início do ano, a jornalista trabalhava na TV A Crítica, afiliada da Record no Amazonas e foi apadrinhada por Rezende após fazer entradas no "Cidade Alerta".