Uma apresentadora de TV revelou ter sofrido de anorexia durante entrevista ao "Tá na Tela", da Band, nesta sexta-feira (5). Marcela Warzee comandava um programa local pela TV Mogi News, na região de Mogi das Cruzes, no interior de São Paulo.

"Na realidade, eu sofri obesidade. Pesei 84 quilos aos 13 anos. Comecei a fazer regime e foi aí que comecei a sofrer de anorexia. Eu subi na balança, pesei 47 quilos, e disse 'chega'. Não queria morrer'", detalhou, emocionada. "Eu acredito que você não consegue curar a anorexia, consegue controlar. Hoje, eu sou mais controlada", acrescentou em seguida.

Em diversos momentos, Luiz Bacci insistiu em comparar o caso dessa apresentadora com o de Adriane Galisteu. "Você acompanhou o caso de Galisteu?",  perguntou Bacci. "Sim, acompanhei", respondeu ela. "O seu corpo ficou igual o dela?", insistiu. "Ficou mais magro", devolveu. "Você acha que o caso de Galisteu é anorexia?", perguntou novamente Bacci.

Adriane Galisteu concedeu entrevista ao programa, mas voltou a negar o problema. "Eu não tenho problema de anorexia. Dou risada dessas coisas. Apesar de ser engraçadinha, pra mim não está sendo legal [esses boatos]. Eu tenho uma vida bastante saudável. Sou feliz e magra", concluiu.

Em junho, durante participação ao "Domingo Legal", Galisteu já havia comentado sobre o assunto e disse ter ficado chateada com os boatos. "Estou longe de ser anoréxica. Eu acho que estou bem. Não me peso. Para quê pesar? Acho que a neurose começa por aí. Eu tenho que deixar a minha família feliz com a minha felicidade, não com o meu peso", disse, em conversa com Celso Portiolli.

Galisteu contou ainda o quanto as notícias que estaria sofrendo com a doença a chatearam. "Fiquei chateada. Anorexia é tão grave. Me comparar a uma doente?! É uma doença grave e pode levar à morte. Eu não vou admitir que me chamem de doente", desabafou.

Bulimia e anorexia

De acordo com balanço da Secretaria de Estado da Saúde, a cada dois dias, em média, uma pessoa é internada por anorexia ou bulimia nos hospitais que atendem pelo SUS (Sistema Único de Saúde) no Estado de São Paulo. Somente nos primeiros sete meses do ano, foram 97 internações devido a estes distúrbios alimentares.

Em 2012, 165 pacientes precisaram de internação e 1.220 pacientes fizeram tratamento ambulatorial no Estado de São Paulo contra os dois distúrbios.

Segundo a nutricionista Lara Natacci, do programa Meu Prato Saudável, existe um consenso de que a vulnerabilidade genética aumenta os riscos, porém pesquisas recentes apontam que também é comum entre os pacientes, relatos de traumas ligados à alimentação. Outro fator importante é o padrão de beleza ligado à magreza, que tem vigorado na indústria da moda desde os anos 60.