Gloria Perez festeja série de serial killer na Globo: "Agora em português"
Marcela RibeiroDo UOL, no Rio
Bonito, sedutor e articulado, o jovem Edu (Bruno Gagliasso) encanta por onde passa. O que as pessoas que o cercam nem imaginam é que por trás dos belos olhos azuis se esconde um serial killer disposto a matar mulheres sem o menor remorso e sem motivo. Ele mata por prazer, para se sentir poderoso e dominador.
Essa é a história de "Dupla Identidade", série de Gloria Perez, com direção de Mauro Mendonça Filho, que estreia dia 19 de setembro na Globo. A trama é um suspense psicológico que já faz sucesso em séries americanas como "Dexter" e que a autora quis trazer ao Brasil para mostrar que um criminoso como este pode estar mais perto do que se imagina.
"Esses personagens não estão na nossa TV aberta e o barato é fazer isso. Apesar de ser um tema sombrio, é uma série contada com leveza, rapidez e não tem um peso. A gente está contando uma história para se divertir tanto quanto as outras séries com serial killer, só que agora é em português", explicou Gloria durante o lançamento para a imprensa, nesta quinta-feira (4), em um cinema na Barra da Tijuca, zona oeste do Rio.
O cenário escolhido para a trama é a famosa Copacabana, bairro na zona sul do Rio, onde tudo acontece. "Copacabana é um local que pode ser identificado com qualquer bairro do mundo. Isso gera uma busca pela realidade. Cerca de 90% das gravações são externas", conta Mauro Mendonça Filho.
Gagliasso, que quase perdeu o papel de protagonista por ser considerado muito novo, batalhou para convencer a direção que era capaz de encarnar o personagem. Valeu a pena.
"Gosto de personagens que me desafiam como ser humano, que me fascinam, que me façam crescer. Quando a gente se prepara, as coisas acontecem. Sabia que o personagem era meu. Todo mundo gosta de ver um filme sobre serial killer e acho que é o sonho de qualquer ator viver um personagem assim", conta o ator, que durante a série terá um namoro com Ray, personagem de Debora Falabella, portadora do transtorno de personalidade borderline, que faz com que ela viva no limite das emoções.
"Sou advogado, estudante de psicologia. Daqui a alguns anos vou ser governador do Rio e depois presidente do Brasil", conta o psicopata com convicção no primeiro capítulo de "Dupla Identidade", ao conhecer Ray na praia.
Ao namorar Edu, ela fica afetivamente dependente deste amor e acredita viver uma relação perfeita com ele, que é carinhoso e dá atenção à filha dela, de apenas cinco anos. É daí que vem o nome da série. Edu vive uma vida dupla e é capaz de convencer a todos que é um bom moço.
"Vivo quase que uma história a parte com o personagem do Bruno. A princípio ele vai ser um namorado perfeito. A Ray vive emoções por conta do transtorno que vão desde a alegria extrema a ataques de fúria", explica Débora.
Para compor a máscara social, além do relacionamento com Ray, Edu trabalha como voluntário na GAV (Grupo de Apoio à Vida), que atende pessoas que precisam de ajuda até mesmo para evitar o suicídio.
Na investigação em busca do assassino estão o delegado Dias (Marcello Novaes), que almeja ser chefe de segurança da cidade e conta com a ajuda de sua ex-namorada Vera (Luana Piovani), psicóloga forense, que fez curso no FBI e volta ao Brasil como caçadora de mentes.
Entre as vítimas de Edu está Mariana (Yanna Lavigne), modelo e amante do senador Oto Veiga (Aderbal Freire Filho). A mulher dele, Sylvia (Marisa Orth), descobre o caso do marido um dia depois de Mariana ser assassinada. Começam então suspeitas, suspense e emoção.
" Queremos instigar o público nessa busca do serial killer por suas vítimas, seu poder de manipulação e o jogo de gato e rato entre o serial killer e a polícia ", diz o diretor.
"Dupla Identidade" tem 13 capítulos e vai ao ar às sextas-feiras, depois do Globo Repórter.