Emmy é criticado por machismo ao colocar Sofia Vergara em pedestal

Do UOL, em São Paulo

A 66ª edição do Emmy, que aconteceu na última segunda-feira (25), foi criticada na internet e na imprensa por conta do machismo de um esquete envolvendo a atriz Sofia Vergara, indicada a melhor atriz coadjuvante por "Modern Family".

Durante a cerimônia, Vergara apresentou o presidente da Academia de Televisão, Artes e Ciências, Bruce Rosemblum, e o chamou ao palco. Ele então pediu que a artista subisse em uma plataforma giratória, exibindo as curvas dela enquanto ele falava sobre a indústria da televisão norte-americana.

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Rosemblum terminou seu discurso dizendo: "O que realmente importa é que nós nunca esquecemos que nosso sucesso está baseado em sempre dar ao espectador algo bom de ver". Nesse momento, Vergara desceu da plataforma, brincando. "Ok, já chega. Foi por isso que eu parei com as demonstrações de carros", disse.

No Twitter, muitos espectadores criticaram o Emmy por ter objetificado a atriz. "Querido Emmy, a objetificação sexista de Sofia Vergara, com o bônus do batido estereótipo da latina sensual, não é legal", escreveu um internauta. "Sofia Vergara e o Emmy 2014 retrocedendo uns 30 anos no progresso das mulheres", criticou outro.

"A Sofia Vergara é mais do que um corpo? De acordo com os Emmys, não", disse uma usuária do Twitter.  "Sofia Vergara é a atriz mais bem paga da televisão e eles acabaram de fazer dela uma piada. Esse programa é uma desgraça", afirmou outro.

"Que época maravilhosa para as mulheres na televisão. Menos Sofia Vergara", ironizou outro internauta, referindo-se à frase dita pela atriz Julianna Margulies ao receber o prêmio de melhor atriz em série dramática por "The Good Wife".

Vergara respondeu às críticas pelo esquete, dizendo que ele foi o "absoluto oposto da objetificação". "Mostra que alguém pode ser sexy e também engraçada, e fazer piadas de si mesma. Acho ridículo que alguém tenha começado isso. Ela não tem senso de humor e deveria relaxar um pouco", afirmou a atriz, segundo o jornal "The Independent".