Drica Moraes será vilã confusa, agressiva e bipolar em "Império"
Carla NevesDo UOL, no Rio
Desde "Avenida Brasil", com a Carminha de Adriana Esteves, os vilões vêm conquistando a preferência do público. Tanto é que o malvado Félix de Mateus Solano, em "Amor à Vida", começou a novela vilão e terminou mocinho, com direito até a torcida dos telespectadores por um final feliz ao lado de Niko, vivido por Thiago Fragoso. Na próxima segunda (21), uma nova vilã promete agradar o público do horário nobre da Globo. Trata-se de Cora, personagem interpretada por Drica Moraes.
A atriz contou que, entre as maldades da personagem – que na primeira fase será vivida por Marjorie Estiano – ela será a responsável por arruinar o caso de amor entre a irmã, Eliane (Vanessa Giácomo e Mallu Galli), e José Alfredo (Chay Suede e Alexandre Nero).
"Ela vai tripudiar. Eu acho que a máscara dela vai caindo aos poucos, ao longo da novela. Ela sempre foi confusa, agressiva e bipolar. A doença que ela tem eu não sei. Mas ela tem uma perturbação, uma perversão. Ela quer poder. Poder no sentido mais amplo. Poder sobre as pessoas, sobre a cabeça das pessoas, e dinheiro", adiantou.
Drica comentou que a personagem é tão maledicente que se pudesse compará-la a um animal, diria que é uma cobra. "Ela é do reino animal. De alguma maneira isso está impresso no corpo, no gestual", contou ela, que nas primeiras cenas da trama vai passar a língua pelos lábios, simulando o que faz uma serpente. "Eu não me programo muito para fazer isso não. Isso vai acontecendo muito na hora do fazer", explicou.
Acostumada a fazer humor, a atriz afirmou que não deixará o gênero de fora em Cora. Mesmo que a personagem seja uma vilã. "O Aguinaldo [Silva, autor] vai mostrando uma Cora diferente cena a cena. Cada situação ela cria uma argumentação e um estado de espírito. Eu acho que ela vai se revelar e se desdobrar em mil ao longo da novela. O público pode esperar tudo", garantiu.
Embora reafirme que Cora tem algum problema psíquico, Drica não soube dizer do que se trata. "O problema dela eu não sei. Talvez ela tenha sido enjeitada pelo pai, menos amada pela família, enfim, ela teve uma religiosidade muito forte em cima que fez ela ser uma mulher reprimida sexualmente. Ela tem um desvio, mas não se sabe qual", contou, acrescentando que é muito saboroso ser a malvada da história. "Porque o vilão pode muita coisa. Até ser o bonzinho", opinou, aos risos.