Serginho Groisman entrevista pichadores e é criticado por internautas

Do UOL, em São Paulo

  • Reprodução/TV Globo

    Serginho Groisman cede espaço a pichadores e é criticado por internautas e Rogério Flausino, do Jota Quest

    Serginho Groisman cede espaço a pichadores e é criticado por internautas e Rogério Flausino, do Jota Quest

O apresentador Serginho Groisman entrevistou cinco pichadores e recebeu uma enxurrada de críticas de internautas e até mesmo de Rogério Flausino, da banda Jota Quest. Serginho quis saber o porquê da pichação, o receio de serem presos e como funciona a rivalidade entre os grupos. A entrevista de quase 10 minutos foi levada ao ar na edição do "Altas Horas", na madrugada de sábado para domingo (18).

"Agora vamos ouvir o que os pichadores têm a dizer", disse o apresentador, por meio do seu perfil no Twitter. "Somos artistas libertados, artistas transgressivos e revolucionários", definiu um deles. "A gente gosta de rabiscar, seja lá o que for", definiu outro.

Questionado sobre o receio de serem presos, os pichadores dizem. "As cadeias estão cheias. Tem uns amigos nossos que ficaram um 'mesinho' presos e depois foram liberados", respondeu o líder do grupo, ressaltando ainda que "pichação é um ato [com pena] leve".

Um dos pichadores entrevistados por Serginho foi expulso da faculdade depois que levou 30 amigos para picharem as instalações da instituição no dia do seu TCC (Trabalho de Conclusão de Curso).

Após a exibição da entrevista, Serginho Groisman quis saber a opinião da plateia e convidados, mas partiu de Rogério Flausino as críticas mais pesadas. "Esse vídeo aí não me acrescentou absolutamente nada, absolutamente nada. Somente me confirmou o quanto [os pichadores] são idiotas".

Mesmo não tendo apoiado os pichadores em momento algum, o apresentador do "Altas Horas" também não escapou das críticas em redes sociais e foi questionado o motivo pelo qual deu espaço ao grupo.

Legislação

Segundo a Lei 9.605/98 Art. 65, a pessoa que picha qualquer edificação urbana comete crime ambiental, com pena de detenção que pode variar de três meses a um ano, além de multa. Se o ato for realizado em monumento ou coisa tombada em virtude do seu valor artístico, arqueológico ou histórico, a pena sobe: de seis meses a um ano de detenção e multa.

Em 2011, a Lei 12.408, em que descriminaliza o grafite quando há autorização do proprietário do muro, foi aprovada pelo Congresso Nacional e sancionada pela presidente Dilma Rousseff. "Não constitui crime a prática de grafite realizada com o objetivo de valorizar o patrimônio privado ou público mediante a manifestação artística, desde que consentida pelo proprietário, locatário (...) ou autorização do órgão competente", diz um trecho do novo parágrafo. Assim, uma tentativa de diferenciar o grafite da pichação. 

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