Aos 66 anos de idade e mais de 50 de carreira, Osmar Prado se prepara para mais um trabalho na TV. Ele será o poderoso coronel Epaminondas, em "Meu Pedacinho de Chão, novela que substituirá "Joia Rara" no horário das seis da Globo. Em entrevista ao site oficial da trama, Osmar também falou sobre seu último trabalho, "Amores Roubados", e relembrou que  foi convidado para participar da série dirigida por José Luiz Villamarim pouco antes de receber um duro diagnóstico.

"Eu tive câncer, um carcinoma grau três de amígdalas", contou. Entre um intervalo e outro nas gravações da minissérie, o ator fez o tratamento e se curou. Ao todo, foram duas cirurgias, trinta radioterapias e três quimioterapias. "Agora estou em perfeito estado de saúde e muita energia para fazer um personagem dessa envergadura", comemorou o ator que aparecerá, inclusive, cantando em algumas cenas de "Meu Pedacinho de Chão".

Na história, Epaminondas é um homem retrógrado, que vive em pé de guerra com todos que são a favor do progresso, inclusive sua esposa. "O Epa é o poder exacerbado, conservador, que não admite que as coisas lhe escapem das mãos", resumiu o ator, que comparou seu personagem ao rei Luís XVI. "Tanto que eu brinco que a minha mulher é Maria Antonieta", contou.

A mulher em questão é Catarina (Juliana Paes). E, para Osmar, a relação entre eles vai muito além do poder imposto pelo coronel. "O Epa é ser humano. Ele evidentemente apaixonou-se por Catarina. É um amor profundo, bonito até, mas pela intransigência dele e pela postura progressista dela, vivem às turras", avaliou.   

Apesar do tom de fábula, o ator garantiu que a trama de Benedito Ruy Barbosa está longe de ser uma história de faz de conta. "É engano achar que 'Meu Pedacinho de Chão' seja leve. A intensidade dramática da novela é tão grande quanto a de 'Amores Roubados', por exemplo", comparou.