Em programa sobre ditadura, Cony relembra tomada do Forte Copacabana

Do UOL, no Rio

  • Rafael Andrade/Folhapress

    Carlos Heitor Cony

    Carlos Heitor Cony

No mês em que o golpe militar completa 50 anos, o "GloboNews Literatura" estreia sua nova temporada na próxima sexta-feira (28) com um programa especial sobre o tema.

Edney Silvestre conversa com o jornalista Carlos Heitor Cony e com o historiador Marco Antônio Villa. Para Edney, uma das partes mais surpreendentes da conversa com Cony é a revelação do autor sobre ter assistido à tomada do Forte Copacabana com ninguém menos que o amigo e vizinho Carlos Drummond de Andrade.

"Cony foi processado pelo governo militar por conta das crônicas que escrevia para o extinto 'Correio da Manhã'. Tinha que levar três testemunhas. O primeiro a se apresentar, e que o defendeu ardorosamente, foi  seu vizinho, isso mesmo, o poeta mineiro", contou Edney.
 
O historiador Marco Antônio Villa afirmou que se o golpe não fosse declarado pelos militares, havia outras pessoas dispostas a derrubar o governo de João Goulart, como Carlos Lacerda e até mesmo o cunhado de Goulart, o então governador do Rio Grande do Sul, Leonel Brizola.

Claufe Rodrigues apresentou os lançamentos "Repressão e Resistência: Censura de Livros na Ditadura Militar", de Sandra Reimão, e "Livros contra a ditadura - Editoras de oposição no Brasil, 1974-1984", de Flamarion Mauês.

Professores da USP, os autores conversaram com o repórter sobre livros censurados, editores presos, repressão política e resistência democrática. Sandra destacou em sua pesquisa a censura aos livros "Feliz Ano Novo", de Rubem Fonseca, e "Em câmera lenta", de Renato Tapajós, o único escritor brasileiro preso no período por causa do conteúdo de um livro.

 O "GloboNews Literatura" vai ao ar às 21h30.

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