"Sinto muita saudade", diz Maria Fernanda Cândido sobre novelas
Sabrina Grimberg
Do UOL, no Rio
De uns anos para cá, Maria Fernanda Cândido se especializou em aparecer na TV em obras mais curtas, mas ao mesmo tempo marcantes. Foi assim em "Capitu", "Dalva e Herivelto – Uma Canção de Amor" e agora ela acaba de gravar a minissérie "Correio Feminino", baseada na obra de Clarice Lispector, que irá ao ar a partir do dia 27 no "Fantástico". Questionada sobre a saudade em fazer novelas, a atriz - que fez apenas uma participação especial em "Lado a lado" e esteve mais tempo no ar pela última vez em "Paraíso Tropical", em 2007, - falou sobre o assunto:
"Sinto muita saudade. Adoraria fazer uma vilã, gosto de fazer novela, mas eu tenho dois filhos pequenos, moro em São Paulo, então, procuro fazer trabalhos menores, como esta série. É mais viável na minha vida. Tenho que aguentar firme a saudade", afirma Maria Fernanda, descartando a possibilidade de morar no Rio de Janeiro. "Tinha que ter vindo muito antes, porque agora já criei raízes, as crianças já estão na escola e agora é difícil sair de lá. Tinha que ter vindo antes de me casar".
A atriz aproveitou para deixar claro que o fato de ela não fazer uma novela desde o início e ter se dedicado a trabalhos menores, não significa que ela não esteja trabalhando na emissora global. "Não estou afastada. Eu faço muitas séries, não deixo de frequentar o Projac (estúdios de gravações), mas para uma série como essa, por exemplo, de oito capítulos, você trabalha três meses. Então, vocês (público) estão me vendo pouco no ar, mas eu estou trabalhando muitíssimo", brincou Maria Fernanda, que está em cartaz em São Paulo com a peça "Toca do Coelho".
Sobre a minissérie, Maria Fernanda Cândido, que estará em cena fazendo a voz de Helen Palmer (pseudônimo de Clarice Lispector), contou ser fã do trabalho da escritora e gostou de ter tido a possibilidade de poder se aproximar dela. "A visão que a gente acaba tendo de Clarice para mim fica sendo algo muito hermético. De que ela é inacessível, enigmática, e nesse trabalho eu pude conhecer um pouco melhor a pessoa Clarice. Principalmente porque aqui ela trata de assuntos cotidianos como moda, beleza e sedução. A literatura da Clarice é uma coisa e a pessoa é outra. Na série a gente consegue se aproximar dela", afirma.