Selton Mello se emociona em vídeo homenagem a Claudio Cavalcanti
Do UOL, no Rio
Foi exibido durante o velório de Claudio Cavalcanti, morto no último domingo (29), um vídeo em que Selton Mello e a produção da série, ao fim das gravações, homenageiam o ator.
Com a voz embargada, Mello disse que o que mais o emocionava era ver, durante todo o tempo das gravações, a maneira como, "a sua altura do campeonato", Cavalcanti lidava com a profissão. "Como um menino."
Cavalcante afirma no vídeo que, com 55 anos de carreira, a série, que vai ao ar a partir de 7 de outubro pelo canal pago GNT, foi o trabalho mais importante que fez na vida. "Agora não sei o que vou fazer da minha vida sem vocês", disse, sorrindo, após receber um buquê de flores.
O ator morreu aos 73 anos, no Rio de Janeiro. Ele passou por uma cirurgia na terça-feira (24) por conta da falência de uma vértebra. Estava sedado e no domingo sofreu um choque cardiogênico, que evoluiu para uma insuficiência renal e falência múltipla dos órgãos.
Além de ator, Cavalcanti era escritor, diretor de TV, produtor, tradutor, cantor, dublador e radialista. Além da carreira artística, era atualmente secretário municipal de Defesa dos Animais do Rio de Janeiro, e já foi vereador e deputado estadual.
O último trabalho de Cavalcanti na TV foi na segunda temporada de "Sessão de Terapia", que estreia no próximo dia 7 no canal pago GNT. Ele atuou também na novela "Água Viva", que estreia esta segunda no canal pago Viva.
Vida e carreira
Cláudio Murillo Cavalcanti nasceu no dia 24 de fevereiro de 1940, no Rio de Janeiro. Era casado com a atriz e psicóloga Maria Lucia Frota desde 1979.
Começou a carreira aos 16 anos, no TBC (Teatro Brasileiro da Comédia). Atuou no teatro, TV e cinema.
Além de atuar, era produtor, diretor, radialista, cantor, escritor (lançou cinco livros) e também político. Atualmente era secretário municipal de defesa dos animais. Além de atuar como vereador, foi também deputado estadual.
Como político, foi o autor da lei que autoriza a prefeitura a criar prontos-socorros veterinários gratuitos e com funcionamento de 24 horas por dia, segundo a Agência Brasil. Outras normas em vigor propostas por ele são as proibições de rodeios e da instalação de criadouros e abatedouros de animais para a comercialização de peles.
Também é dele a iniciativa que caracterizou como função de saúde pública a esterilização de caninos, equinos e felinos na cidade, proibindo o extermínio de animais abandonados como forma de controle populacional.