O jornalista mineiro Lair Rennó, assistente de Fátima Bernardes no "Encontro", contou que, antes de estrear o programa, a ex-âncora do "Jornal Nacional" conversou com ele sobre como gostaria que fosse sua equipe.

"Ela disse que não queria estresse. Disse: 'estou montando uma equipe harmoniosa e não quero ninguém gritando, não quero histeria. Quero gente como você, equilibrada, bem-humorada'. Ela sempre reforçou isso desde o início. Preciso de gente eficiente, mas que não tenha que usar voz alta, que não seja grossa. Na nossa equipe não tem isso. É uma equipe maravilhosa", afirmou Rennó em entrevista ao UOL.

Rennó afirmou que sua vida mudou desde que conquistou uma vaga no programa. Declaradamente apaixonado por música, Rennó, de 37 anos, contou que na atração pode unir seu lado artista –ele também é cantor– ao de jornalista.

E ainda tem a liberdade de rir quando quiser, coisa que era inimaginável nos tempos em que era âncora da Globo News.

"A vantagem desse programa é essa. Às vezes, no telejornal, quando você tem vontade de rir, você tem que engolir, porque vem na sequência uma notícia trágica. Então fica chato", explicou.

Com 16 anos de experiência só em TV, Rennó começou na Globo como estagiário. "Passei por todos os setores da Redação: fui produtor, editor e repórter por muito tempo. Depois fui para a bancada. Nos últimos quatro anos estava na Globo News. E antes disso estava na Globo Minas, fazendo o MGTV", lembrou.

Rennó contou que sua amizade com Fátima começou na Globo News, quando os dois dividiam o mesmo camarim.

"Dividíamos o maquiador. A prioridade, claro, era a Fátima. Ela ficava fazendo a maquiagem e naturalmente ia contando meus casos e 'causos' de Minas para ela. Das minhas lutas, das minhas dificuldades", disse.

Embora soubesse que Fátima gostava dele, Rennó admitiu ter se surpreendido quando a jornalista o convidou para fazer parte do "Encontro".

"Estava trabalhando na Globo News, recebi uma mensagem dela dizendo que ela queria conversar comigo. Era a etapa embrionária do programa ainda. Me assustei muito. Não imaginava que ela quisesse que eu participasse", afirmou.

Rennó admitiu que o programa o deixou mais satisfeito, já que ele pôde colocar para fora seu lado mais expansivo e bem-humorado.

"Sou muito mais feliz hoje. Sempre fui o palhaço de casa. Tinha o anjinho do jornalista, mas tinha também o anjinho do cantor, do comunicador, que me pedia mais presença. E a música também. Estou voltando agora a cantar, gravei um CD. Já estou investindo nisso também, porque estou vendo que hoje vou conseguir conciliar", destacou.

Casado com a advogada Emília e pai de Ana, de sete anos, e Carolina, de quatro, Rennó declarou que o encontro mais perfeito de sua vida foi o "Encontro".

"Porque é uma simbiose que queria fazer com a minha carreira. Ali tem todos os tipos de Lair que queria apresentar. Eu já cantei, conto umas piadinhas, tem uma porção de humor; tem o Lair entrevistador que sempre foi uma marca registrada na minha carreira. Para mim é um privilégio enorme. Já acordo agradecendo a Deus e a Fátima", elogiou.

Questionado como é a Fátima Bernardes chefe, Rennó brincou. "Ela não se considera minha chefe. Outro dia perguntei: 'a quem devo pedir aumento, então?' (risos). Ela é muita generosa. A Fátima que a gente vê na televisão é a mesma Fátima de fora do estúdio. O trato é muito simples", contou.