Sangue Bom

Giulia Gam conta que levou 9 h para aceitar papel em "Que Rei Sou Eu?"

James Cimino

Do UOL, em São Paulo

  • Divulgação/TV Globo

    19.abr.2013 - Em "Sangue Bom", Giulia Gam viverá uma atriz decadente que tem vários filhos adotivos

    19.abr.2013 - Em "Sangue Bom", Giulia Gam viverá uma atriz decadente que tem vários filhos adotivos

Prestes a voltar ao ar em "Sangue Bom", próxima novela das 19h, no papel de uma atriz decadente que faz tudo pela fama, Giulia Gam conta que sua chegada à TV também foi bastante dramática. Mas, ao contrário de Bárbara Ellen, criada pelos autores Maria Adelaide Amaral e Vincent Villari, a jovem Giulia Gam fugia da fama instantânea da TV.

Reprodução/Canal Viva
Eu levei nove horas para aceitar fazer a Aline de 'Que Rei Sou Eu?'. Eu achava que eu estava traindo o Antunes. 'Fazer novela?', eu pensava. 'O Antunes não vai me perdoar!´

Giulia Gam, sobre como aceitou fazer sua primeira novela inteira

 "Eu levei nove horas para aceitar fazer a Aline de 'Que Rei Sou Eu?'. Foi uma reunião longuíssima com o Daniel Filho e ele tentando me convencer a fazer, que aquele era o projeto principal da emissora naquele ano. 'Até eu vou fazer', ele disse. Mas eu não queria...", contou a atriz durante a festa de lançamento da novela em São Paulo, na última quarta (17).

A relutância se devia ao fato de ela ter feito um juramento quando foi aluna do Centro de Pesquisa Teatral (CPT), comandado pelo diretor Antunes Filho, de que seria fiel a sua arte e não iria para a televisão. "Eu achava que eu estava traindo o Antunes. 'Fazer novela?', eu pensava. 'O Antunes não vai me perdoar!´"

A estréia, no entanto, fora dois anos antes de "Que Rei Sou Eu?". Aconteceu na novela "Mandala" (1987): apenas 15 capítulos. Ela fazia Jocasta jovem, papel que seria de Vera Fischer na fase adulta da personagem. A trama era inspirada na tragédia grega "Édipo Rei", de Sófocles, que conta a história de um romance entre mãe e filho, no caso Jocasta e Édipo, que seria vivido por Felipe Camargo. O ator hoje é seu par romântico em "Sangue Bom". Naquela época ele foi par romântico de Vera Fischer na ficção e na realidade.

"Sempre que eu encontro o Felipe, eu o chamo de 'meu filho'. Mas a gente nunca contracenou nessa novela. Eu inclusive aceitei fazer 'Mandala' porque eram apenas 15 capítulos e achei ousado da parte da emissora levar ao ar essa história. E como a Globo me descobriu fazendo 'Romeu e Julieta', achava que não estava traindo o teatro interpretando Sófocles. Mas quando fiz uma novela inteira, me lembro do Antunes me olhando e dizendo: 'Vai vender tomate, né?' Até fiz uma peça ao mesmo tempo que a novela pra compensar" (risos).

Filha da Dercy

Andando pelo salão de eventos onde ocorria o lançamento de "Sangue Bom", Giulia Gam teve seu momento Jennifer Lawrence. Tropeçou na barra do vestido, mas aproveitou o volume alto da banda que tocava para se levantar como se nada tivesse acontecido. "Essa personagem tá me enlouquecendo. Tô pior que a Dercy."

Divulgação/TV Globo
A Fafy é colocada propositalmente para despertar o lado bagaceiro da Bárbara Ellen. E a Fafy trouxe essa coisa da Dercy pro papel. Porque a Bárbara aprendeu algum refinamento com os maridos, mas o nome dela verdadeiro é Maria da Conceição. E as duas eram muambeiras. Inclusive ela vive internando a mãe, mas a mãe é louca e sempre foge

Idem, sobre a dobradinha com Fafy Siqueira

A referência a Dercy Gonçalves se deve ao fato de que a intérprete da mãe de Bárbara Ellen em "Sangue Bom" será ninguém menos que Fafy Siqueira. Só para lembrar, Fafy interpretou Dercy na minissérie sobre a vida da comediante escrita por Maria Adelaide Amaral.

"A Fafy é colocada propositalmente para despertar o lado bagaceiro da Bárbara Ellen. E a Fafy trouxe essa coisa da Dercy pro papel. Porque a Bárbara aprendeu algum refinamento com os maridos, mas o nome dela verdadeiro é Maria da Conceição. E as duas eram muambeiras. Inclusive ela vive internando a mãe, mas a mãe é louca e sempre foge", revela Giulia.

Questionada se Bárbara Ellen seria a vilã da novela, Maria Adelaide Amaral nega. "O vilão é o Fabinho [Humberto Carrão]. Ela [Bárbara] é de quinta categoria. Não tem o menor talento. Uma mau caráter, amoral. Enfim, uma filha da p...!"

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