"Eu continuo desafiando o mundo", diz Marcelo Yuka

Do UOL, no Rio

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    O músico Marcelo Yuka em entrevista a Liliane Reis para o "Estúdio Móvel"

    O músico Marcelo Yuka em entrevista a Liliane Reis para o "Estúdio Móvel"

Na próxima semana, o programa "Estúdio Móvel", da TV Brasil, vai exibir uma série de entrevistas com o músico, poeta e ativista social Marcelo Yuka. No programa de segunda (8), Marcelo Yuka revelou como vem conseguindo se superar após ter ficado paraplégico.

"Eu continuo desafiando o mundo. O meu estúdio passou a ser a maneira de eu me expressar porque são poucos os instrumentos que eu posso tocar com uma mão só. E o meu instrumento era a bateria. Eu trabalhava com as pernas também. Eu tive que me reeducar". explicou ele. Em novembro de 2000, o músico foi baleado ao tentar impedir um assalto no Rio de Janeiro e foi baleado.

Perguntado se tem saudade em tocar bateria, o Marcelo respondeu que "tem porque não tem autoestima". "Eu tenho porque não tenho uma autoestima muito grande não. Nunca tive. Não foi uma coisa que a cadeira me deu. Quando eu subia no palco tinha uma coisa que não era eu tocando para o público. Era meio que eu contra o público. E a bateria como é uma coisa mais física, eu expressava muito mais, não numa nota que podia sair do instrumento, mas fisicamente eu empurrava isso", opinou.

O artista foi fundador do grupo O Rappa, com o qual lançou três álbuns – "O Rappa" (1994), "Rappa Mundi" (1996) e "Lado B, Lado A" (1999). Sobre o seu discurso politizado e cheio de esperança, ele confessou: "A vida vai passando e a gente vai criando outras trajetórias. A gente vai criando sensibilidade para outras coisas. Eu tenho no meu discurso, naturalmente em tudo o que faço, uma certa acidez. Mas porque as questões sociais me sensibilizam. E eu sou fraco para a dor alheia".

O "Estúdio Móvel" vai ao ar de segunda a sexta sempre às 18h.

 

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