Jovem que vendeu virgindade na internet não se considera prostituta

Do UOL, em São Paulo

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    Catarina Migliorini, a jovem que leiloou a virgindade na internet, no programa "De Frente com Gabi"

    Catarina Migliorini, a jovem que leiloou a virgindade na internet, no programa "De Frente com Gabi"

Catarina Migliorini, a brasileira que leiloou sua virgindade na internet como parte de um programa de TV australiano, foi a convidada do "De Frente com Gabi" da madrugada desta quinta-feira (28). A jovem disse na entrevista concedida à apresentadora Marília Gabriela que o dinheiro não foi a principal motivação para vender sua virgindade e que não se considera prostituta.

"[Pela regra do programa] o dinheiro do leilão era todo para mim. Mas o que mais me encantou foi fazer parte de um documentário", falou Catarina, que vendeu a sua virgindade por R$ 1,5 milhão para um japonês de 53 anos que não teve a identidade revelada.

Ela disse que conheceu o homem japonês em um restaurante na Austrália e que eles conversaram por cerca de uma hora. "O japonês foi uma grande surpresa", falou, sem explicar o motivo, já que disse que pretende escrever um livro sobre sua experiência.

Catarina acabou não aceitando essa proposta, no entanto. "Figuei pensando sobre o que conversamos e resolvi negar", falou. Catarina ainda afirmou que recebeu mais duas propostas, que está analisando. "Um foi um pouquinho mais de US$ 1 milhão, o outro foi um pouquinho menos".

Prostituição

Catarina afirmou ainda que não considera prostituição vender a sua virgindade. "Muita gente chama de prostituição, mas eu chamo de um ato de liberdade", falou.

Ela comentou a polêmica durante o Fashion Rio 2013, evento em que foi convidada por uma marca e depois proibida de desfilar e que foi definida como prostituta pela organização. "Eu viajei 35 horas para vir ao evento. Já no aeroporto recebi a notícia de que não poderia desfilar. Me disseram que os motivos foram que a reação foi negativa e que a marca não poderia mais se apresentar no evento se eu desfilasse", disse. "Para mim, discriminação é o que faz mal para as pessoas".

Ela também comentou a afirmação do dono da boate Bahamas, Oscar Maroni, de que ela teria tentado vender sua virgindade para ele anteriormente. "Eu conheci ele sim. Eu nunca neguei isso, até porque acho que não tem nada de mais. Eu só achei infeliz. Eu não entendo a necessidade dele de inventar isso tudo para a mídia. São calúnias e tomei medidas legais quanto a isso".

Quando perguntada sobre a possibilidade de acontecer algo que ela não queira na noite em que fará sexo pela primeira vez com o vencedor do leilão, Catarina respondeu: "para isso tem os seguranças que vão ficar na porta e qualquer coisa eu berro."

Família

Catarina falou a Marília Gabriela que a decisão de vender sua virgindade causou discussões familiares. "A minha mãe é uma pessoa muito amiga para mim, que conversa muito comigo. Ela não gostaria que eu concretizasse o ato e meu pai é contra", falou. "Os meus irmãos são mais jovens, então têm a mente um pouco mais aberta".

Ela disse que esperava uma reação negativa no contato direto com ela e sua família, mas não é o que tem acontecido. "Não sei o que falam pelas costas, mas tudo que dizem para os meus familiares é muito legal".

Catarina afirmou ainda que não nega a possibilidade de seguir carreira artística. "Eu gosto de cinema e teatro. Se eu achar que dá pra encarar, por que não?"

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