"Todo mundo vai chorar muito", diz autora de "José do Egito", da Record
Carla Neves
Do UOL, no Rio
-
Divulgação/Record
Os atores Ricky Tavares (à esquerda) e Ângelo Paes Leme (à direita) vivem José em diferentes fases
A partir desta quarta (30), a Record exibe a minissérie religiosa "José do Egito", que conta a saga do homem que é vendido como escravo pelos irmãos e levado para o Egito, onde é injustiçado e preso. Com o dom de interpretar sonhos, contudo, José prospera e consegue salvar o Egito da fome e da desgraça durante o período de escassez, transformando-se em governador.
A saga bíblica foi adaptada por Vivian de Oliveira, mesma autora de "A História de Ester" e de "Rei Davi". Segundo Vivian, a trajetória de José, ao contrário da de Davi, não possui grandes batalhas épicas.
"'José do Egito' é uma trama cheia de conflitos familiares. Os sentimentos humanos como paixão, inveja, amor e ódio são os grandes destaques da história. Todo mundo vai chorar muito, é uma história linda", adianta.
A autora afirma que, assim como nas outras minisséries do gênero que adaptou, foi um "desafio" escrever a história de personagens bíblicos. "É um desafio não adulterar a história original e ter a liberdade para a licença poética", explica.
Vivian frisa que, apesar de a história se passar em outra época e cultura, retrata questões muito contemporâneas. "A narrativa também é ágil, mesmo considerando que o ritmo daquele tempo era diferente do nosso", afirma.
Alexandre Avancini, diretor geral da produção, destaca que a minissérie é marcada pelo esmero e o trabalho em equipe. Segundo ele, "José do Egito" foi o maior projeto de sua carreira.
"A meu ver, a história de José é uma das mais emocionantes da bíblia. Mostra os sofrimentos de um homem que foi de escravo a governador", opina Avancini.
Intérprete de José na fase adulta, Ângelo Paes Leme conta que teve cinco meses para se preparar para o papel.
"Soube que faria o personagem no final de maio do ano passado, então me preparei, porque tinha que emagrecer e ganhar tônus muscular", ciz ele, que, acompanhado por um médico e um personal trainer, fez aeróbico, levantamento de peso e um trabalho de resistência com corrida e natação.
Ângelo afirma que conhecia superficialmente a história de José. Por isso leu a bíblia e outros livros para encarnar o personagem.
"José tem o dom de interpretar sonhos e alguns envolvem seus irmãos, que acham isso arrogante, porque ele se sobressai como chefe", explica o ator.
A minissérie marca a estreia das atrizes Samara Felippo e Larissa Maciel na Record. Samara e Larissa – que eram da Globo – vão viver as personagens Diná e Sati, respectivamente.
Nova minissérie da Record investiu R$7 milhões só em cenografia
A Record investiu R$7 milhões só em cenografia em "José do Egito", que tem 28 capítulos. Segundo Anderson Souza, diretor de teledramaturgia da emissora, a produção também registra números altos em figuração, figurino e elenco.
"Usamos quatro mil figurantes, confeccionamos quatro mil figurinos e temos um elenco de 49 atores", conta Anderson.
Foram construídas duas cidades cenográficas. Uma delas reproduz a cidade de Avares, no Egito. A equipe da minissérie também gravou em Israel, no Egito e no deserto do Atacama, no Chile.
"Durante as gravações as equipes eram formadas por 300 profissionais, entre atores, produção e equipe técnica", explica Anderson.
Anderson Souza adianta que em 2015, a Record vai focar na história de Jesus. "Serão 18 episódios sobre os milagres de Jesus", afirma.
Em 2014, a emissora vai contar a história de Moisés.
"José do Egito" irá ao ar sempre às quartas, às 21h45.