Missa de 7º dia de Marcos Paulo será no final da tarde de segunda-feira, diz viúva do diretor

Do UOL, em São Paulo

  • Leandro Pimentel/Prensa 3/Brainpix

    O ator e diretor Marcos Paulo em sessão de fotos na Rede Globo (2004)

    O ator e diretor Marcos Paulo em sessão de fotos na Rede Globo (2004)

A missa de sétimo dia de Marcos Paulo está marcada para o final da tarde de segunda-feira. Antonia Fontenelle, viúva do ator e diretor, avisou nesta quinta-feira (15) em seu Twitter.

"Meus amores, tô passando para avisar que a missa de 7 dias do meu marido vai acontecer na segunda-feira, às 18h30, na Igreja Nossa Senhora da Paz, em Ipanema. Sintam-se convidados. Ele certamente vai ficar muito feliz em vê-los comigo nesse momento tão difícil e solitário", escreveu ela.

Marcos Paulo morreu no último domingo vítima de embolia pulmonar. Ele se sentiu mal em Manaus, onde participava do 9º Amazonas Film Festival acompanhado de Antônia. Quando os dois retornaram ao Rio de Janeiro, na manhã de domingo, ele estava com febre. Na noite do mesmo dia, o diretor começou a passar mal. Eles começaram então os preparativos para ir ao hospital, mas ele desmaiou e morreu às 21h.

Segundo boletim médico, ele estava com a "saúde perfeita e o câncer do esôfago em total remissão", sem a presença de células cancerígenas. Marcos Paulo iniciou tratamento contra o câncer em maio de 2011, quando foi detectada a doença em um exame de rotina. Em agosto, o diretor passou por uma cirurgia para retirada do tumor e, para isso, passou 20 dias internado.

Carreira

Filho adotivo do ator, diretor, produtor e autor de TV Vicente Sesso, Marcos Paulo Simões nasceu em São Paulo no dia 1º de março de 1951 e foi criado no bairro do Bixiga, em São Paulo. Ele iniciou sua carreira artística aos cinco anos no teatro infantil e cresceu em contato com profissionais do teatro, como os atores Fernanda Montenegro, Francisco Cuoco e Sérgio Britto.

Em 1967 estreou em uma telenovela com "O Morro dos Ventos Uivantes", que foi transmitida pela TV Excelsior, de São Paulo. Nos anos seguintes ele trabalhou em folhetins da TV Record e da TV Bandeirantes, como "Ana, a Professorinha" e "Era Preciso Voltar".

Em 1970 iniciou sua carreira na TV Globo com "Pigmalião 70", quando trabalhou ao lado de Sérgio Cardoso e Tônia Carrero. Na novela "O Primeiro Amor", de Walther Negrão, Marcos Paulo, que costumava interpretar galãs, estreou como vilão, fazendo o líder de uma gangue de motociclistas.

Dois anos depois ele fez parte da história da televisão nacional com "Meu Primeiro Baile", primeiro programa gravado em cores da TV brasileira. Em 1975 ele foi escalado para trabalhar na primeira versão de uma novela que marcaria sua trajetória mais tarde, "Roque Santeiro", mas a novela foi censurada.

No teatro,  atuou em “Quando as Máquinas Param" (1971), de Plínio Marcos, e "Deus lhe Pague", de Joracy Camargo. No final dos anos 1970, montou a peça "As Gralhas", de Bráulio Pedroso – pela qual recebeu o prêmio Mambembe como diretor-revelação –, e "Sinal de Vida", de Lauro César Muniz.

Em 1972 estreou no cinema em "Eu Transo... Ela Transa", de Pedro Camargo. Trabalhou nos filmes "Mais que a Terra" (1990), de Elizeu Ewald, Apolônio Brasil (2003), de Hugo Carvana, "Diário de um Novo Mundo" (2005), de Paulo Nascimento, e "Se Eu Fosse Você 2" (2009), de Daniel Filho e dirigiu“Assalto ao Banco Central” (2010).

Ele estreou como diretor em 1978, com "Dancin’ Days", de Gilberto Braga, junto de Dennis Carvalho e José Carlos Pieri. Entre as novelas que dirigiu estão “Brilhante” (1981), “Roque Santeiro” (1985), “Fera Ferida” (1993), “A Indomada” (1997), “Salsa e Merengue” (1996), “Meu Bem Querer” (1998), “Força de um Desejo” (1999), “Porto dos Milagres” (2001) “O Beijo do Vampiro” (2002). Marcos Paulo assumiu um dos núcleos de direção de programas da TV Globo em 1998.

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