Com direção de Selton Mello, série que aborda terapia estreia nesta segunda (1º) no GNT

Natália Guaratto

Do UOL, em São Paulo

  • Divulgação/GNT

    Ator há mais de 30 anos, Selton Mello, que já dirigiu filmes como "Feliz Natal" (2008) e "O Palhaço" (2011), será o diretor da série "Sessão de Terapia", que retrata a relação de um terapeuta com seus pacientes. O seriado estreia nesta segunda-feira (1º), no GNT, às 22h30

    Ator há mais de 30 anos, Selton Mello, que já dirigiu filmes como "Feliz Natal" (2008) e "O Palhaço" (2011), será o diretor da série "Sessão de Terapia", que retrata a relação de um terapeuta com seus pacientes. O seriado estreia nesta segunda-feira (1º), no GNT, às 22h30

Nesta segunda-feira (1º), estreia no GNT a série "Sessão de Terapia", primeira empreitada do canal a cabo em uma grande produção de ficção, que conta com a direção de Selton Mello.

"Sessão de Terapia" é uma adaptação do seriado israelense “BeTipul”, que já teve versões feitas em países como Argentina, Holanda, Eslovênia e Sérvia. A mais conhecida é "In Treatment", produção norte-americana estrelada por Gabriel Byrne, que teve três temporadas e é passada no Brasil pelo canal HBO.

Exibida de segunda à sexta, às 22h30, a série tem episódios diários que são focados, cada dia, na relação do terapeuta Theo (ZéCarlos Machado) com um paciente. São eles: Júlia (Maria Fernanda Cândido), Breno (Sérgio Guizé), Nina (Bianca Müller), e o casal João (André Frateschi) e Ana (Mariana Lima).  Na sexta-feira, o próprio Theo se consulta com uma psicóloga, Dora (Selma Egrei). O elenco conta ainda com Maria Luisa Mendonça, que vive Clarice, a mulher do personagem principal.

Em entrevista ao UOL, o ator André Frateschi, que vive um homem com problemas no casamento, conta que os dramas tratados na série original "são universais" e sofreram poucas modificações culturais para serem mostrados ao público brasileiro.

"A terapia é um instrumento do mundo moderno, todo mundo se identifica com todos os personagens", diz o ator, que classificou seu papel como "o trabalho mais prazeroso" que já fez.

Para Frateschi, a direção de Selton Mello, ator há mais de 30 anos, é um diferencial para a produção e como a maioria dos diálogos acontece em um consultório, a qualidade dramática da série depende muito do trabalho do elenco.

"O Selton é experiente em atuar e ele tem uma genorisadade muito grande com o ator. Ele sabe as dúvidas e as fraquezas e é muito mais fácil conseguir o resultado com alguém que sabe o que a gente pensa. Muitos diretores têm medo de abrir espaço para a contribuição do ator e o Selton não é assim", conta Frateschi.

Selton estreou na direção com o curta-metragem "Quando o Tempo Cair” (2006). No cinema, ele também  fez os longas “Feliz Natal" (2008) e "O Palhaço" (2011). Esse último concorre pelo Brasil a uma vaga na categoria de Melhor Filme Estrangeiro do Oscar 2013.

Na televisão, os trabalhos de Selton como diretor foram o programa “Tarja Preta”, exibido pelo Canal Brasil, e o seriado “Mulher Invisível”, da Globo, em que ele também atuou.

Série abordará questão polêmica
Apesar de retratar dramas comuns, como o de uma adolescente com problemas com os pais, a série abordará algumas questões polêmicas.

Uma delas envolverá João, personagem de André Frateschi, que junto com a mulher Ana (Mariana Lima) discutirá a opção de fazer um aborto. Esse núcleo retratará a crise de identidade masculina.

"Ele é um ator, que cuida da casa e do filho, já ela está no momento oposto, é uma empresária bem sucedida, então ela engravida, mas não tem certeza se quer ter o filho e eles levam essa discussão para o terapeuta", conta Frateschi. 

Sobre a abordagem do tema, Frateschi disse que não houve nenhuma medição por parte dos roteiristas ou da direção. "Acho que vai causar uma discussão, sim. Aborto é uma coisa recorrente, não tem porque ter hipocrisia ao falar sobre", defende.

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