Lado a Lado

Lázaro Ramos lutará pelos direitos dos negros em nova novela das seis

Do UOL, em São Paulo

Em sua primeira novela de época, Lázaro Ramos, interpretará o capoeirista ativista Zé Maria em “Lado a Lado”, nova trama das seis, que deve estrear em 10 de setembro.

“Fiquei superfeliz com o convite, porque por incrível que pareça, nunca fiz nada de época. Ainda mais uma época que tem muitas possibilidades dramatúrgicas, que nunca foram exploradas em uma novela”, disse o ator em entrevista ao site oficial da trama.

O folhetim global escrito por João Ximenes Braga e Claudia Lage, retratará o Rio de Janeiro de 1904. Mostrará uma sociedade ex-escravocrata, a decadência dos ricos fazendeiros e a ascensão da mulher e dos negros.

A cultura negra faz parte da minha história de vida, meu currículo, meu grupo de teatro. Esse samba, essa capoeira, eu já visitei no início da minha carreira. Então eu estou trabalhando muito com a minha memória emotiva

Zé Maria será um barbeiro gente boa e um capoeirista corajoso, que lutará pelos direitos dos negros, além de ser um homem apaixonado por Isabel (Camila Pitanga), uma mulher à frente de seu tempo. O romance dos dois será um dos pontos altos da trama, já questionará o papel da mulher na sociedade.

“Esse personagem que luta por uma crença, uma causa política ou social, vez por outra habita meu currículo. Mas acho que o Zé Maria tem uma ingenuidade na maneira de se relacionar afetivamente. É um personagem de outra época, não está com a cabeça pronta para esse tipo de mulher que está começando a nascer no Brasil. Isso é muito diferente”, comenta Lázaro.

Além de aulas de história e sociologia, Lázaro retomou os treinos de capoeira com mestre Cocoroca, que ensina os golpes e a história do esporte que é símbolo nacional.

O ator contou que apesar de todo laboratório que tem feito, uma das coisas que tem movido seu trabalho é a emoção de lidar com suas origens. “A cultura negra faz parte da minha história de vida, meu currículo, meu grupo de teatro. Esse samba, essa capoeira, eu já visitei no início da minha carreira. Então eu estou trabalhando muito com a minha memória emotiva, dos meus tempos de teatro lá na Bahia, e com o coração, porque eu acho uma história de amor lindíssima.”

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