“Antes da TV, eu tinha que descrever na coluna social os banheiros das festas e os penteados das convidadas”, contou Amaury Jr. no “UOL Vê TV” desta semana. Em entrevista exclusiva dada ao crítico Mauricio Stycer, o apresentador do “Programa Amaury Jr.” (Rede TV!) relembrou como começou na televisão, contou algumas gafes que já cometeu e falou de entrevistas marcantes realizadas ao longo dos trinta anos de profissão: “as celebridades me escolhem para contar alguns segredos”, admitiu o jornalista.

 

Uma das situações mais notórias envolvendo o apresentador foi durante o Recifolia de 2001, festa em que ele entrevistou o golpista Marcelo Nascimento, que se passava pelo vice-presidente da companhia aérea Gol. Sobre aquela noite, Amaury lembra que o farsante era profissional: “ele enganou a festa inteira, sabia de muitas informações importantes e me levou para passear de helicóptero para todo o canto”. O apresentador esclareceu que não tem o menor problema de comentar o assunto: “não adianta eu tentar esconder minha gafe, aconteceu. A Xuxa, por exemplo, fica escondendo a participação dela no filme ‘Amor, Estranho Amor’ a troco de que?”.

 

Após tantos anos acompanhando a vida da alta sociedade, Amaury Jr. afirma que hoje não existem mais festas tão “glamurosas" como no passado. Segundo ele, hoje dificilmente as pessoas dão grandes festas em casa e, quem o faz, prefere convidar o colunista social se ele topar deixar a câmera em casa: “as pessoas do dinheiro antigo não querem mais se expor, só o novo rico gosta de aparecer no Brasil hoje”. 

 

A teoria do apresentador explica porque ele convidou a socialite Val Marchiori para ser repórter de seu programa, trabalho que marcou a estreia da loira na televisão: “conheci a Val na festa de aniversário dela e a chamei para trabalhar porque ela era ‘perua assumida’. Infelizmente ela se deslumbrou um pouco e esqueceu as instruções que demos”, contou o jornalista. 

 

Val Marchiori deixou a atração para participar do reality show “Mulheres Ricas” (Band) e, na opinião de Amaury, lá sim ela interpretou o papel que lhe havia sido pedido. Apesar de tudo, ele garante que não ficaram mágoas entre os dois, só faz questão de ressaltar que ela recebia por suas reportagens: “saiu em uma revista que ela pagava para aparecer no meu programa, o que é mentira. Eu paguei o salário dela, podem ver os contracheques”.

 

Questionado se programas como “CQC” e “Pânico” (Band) copiam seu estilo de conversar com convidados em festas, Amaury foi claro: “talvez eles copiem, talvez não, mas eles perdem a graça assim que entram na festa. O engraçado é eles ficarem na porta tentando falar com as celebridades”, comentou. Sobre o assunto, o jornalista também disse que nunca fez “porta de festa”: “meu negócio é lá dentro, até porque é isso que tem a ver com o formato do programa”.