Poucos participantes do "Big Brother Brasil" permaneceram em evidência na tevê depois da eliminação do "reality". Sabrina Sato, no entanto, conseguiu remar contra a maré e usou o título de ex-BBB para estrear, no mesmo ano, 2003, como repórter do "Pânico na TV", da RedeTV!. Com um forte sotaque paulista, jeito de menina desentendida e corpo escultural, ela conseguiu conquistar o público do humorístico e se estabelecer como integrante fixa.

Agora que a Band comprou os direitos de exibição da produção e trocou o nome para "Pânico na Band", Sabrina inicia uma nova fase no programa, que estreia sua versão reformulada em abril. "Algumas surpresas virão, mas vou continuar fazendo matérias jornalísticas", despista a apresentadora, que garante que a saída da antiga emissora foi tranquila. "Eu sou muito grata à RedeTV!. Sempre fui tratada com muito carinho e aprendi muito lá", afirma.

A posição diplomática de Sabrina não é novidade. Em diversas polêmicas envolvendo integrantes do "Pânico na TV", ela manteve-se imparcial e deu poucas declarações. Caso, por exemplo, da briga entre as ex-panicats Juju Salimeni e Nicole Bahls por causa do prestígio de cada uma no programa. Mas ela própria é o centro de um assunto controverso. No programa, ela representa o estereótipo de mulher bonita e burra, mas muitas pessoas contestam até que ponto Sabrina realmente se enquadra nesse perfil. "É claro que dou uma exagerada", desconversa.
Antes de participar da terceira edição do "BBB", Sabrina fez faculdade de Dança na Universidade Federal do Rio de Janeiro, na Ilha do Fundão, e chegou a trabalhar como dançarina do "Domingão do Faustão". Foi a partir daí, que ela começou a trilhar seu caminho na tevê. "Desde criança eu sonhava em trabalhar na televisão. Nunca tive vergonha de confessar isso", salienta. Depois de conquistar seu território e se firmar como musa do "Pânico", Sabrina comemora a nova fase da equipe.  "É um mérito estarmos tanto tempo juntos. Agora nós vamos realizar novas conquistas", aposta.
 
Pop Tevê - Como foi o processo de mudança do "Pânico na TV" para a Band e o que a troca de emissora representa para você?
Sabrina Sato - Foram 40 e poucas pessoas que mudaram juntas para a Band. Eu nunca tinha visto isso na televisão. Temos muitas reuniões e muita coisa tem sido discutida sobre o programa. Ainda estamos nos adaptando. A Band fala em crescer cada vez mais no humor, então, acho que o "Pânico" tem muito a acrescentar e vice-versa. Eu amo fazer coisas diferentes, coisas novas, sentir o frio na barriga. Acho que essa mudança para a Band trouxe um pouco disso para mim e para o programa também.

Pop Tevê - O "Pânico na TV" - agora "Pânico na Band" - e o "CQC" são humorísticos com formatos parecidos. Há espaço para os dois programas na mesma emissora?
Sabrina Sato - Acho difícil haver algum problema entre as equipes. Se não tinha rixa antes quando éramos de emissoras diferentes, imagina agora. Acho que um vai ajudar muito o outro. Mesmo com algumas pautas semelhantes. Nós sempre nos admiramos muito.

Pop Tevê - Mas o Marcelo Tas, líder do "CQC", já brincou dizendo que o programa dele é melhor...
Sabrina Sato - Isso é o público que decide. Não acho que exista uma produção melhor ou pior que a outra. As duas são diferentes.

Pop Tevê - Depois de quase nove anos no "Pânico", você não pensa em sair e tentar emplacar algum outro projeto na tevê?
Sabrina Sato - Todo mundo que está no "Pânico" ama o grupo e tem orgulho de fazer. Quando entrei eu era uma menina e hoje sou uma mulherzinha. Eu cresci muito lá dentro. Só a cabeça que não melhorou muito (risos). Eu me encontrei no programa e não consigo me imaginar fora dele.