Estreia nesta quinta (15) "PanAm", série com Christina Ricci sobre era de ouro das viagens aéreas

Guilherme Solari

Do UOL, em São Paulo

  • Sony

    Maggie Ryan (Christina Ricci), Kate Cameron (Kelli Garner), Colette Valois (Karine Vanasse) e Laura Cameron (Margot Robbie) são comissárias de bordo da "Pan Am"

    Maggie Ryan (Christina Ricci), Kate Cameron (Kelli Garner), Colette Valois (Karine Vanasse) e Laura Cameron (Margot Robbie) são comissárias de bordo da "Pan Am"

Apresentando uma versão romântica da "época de ouro" da aviação comercial, no início dos anos 1960, o seriado "PanAm" estreia nesta quinta-feira (15) às 21h no canal Sony. Pan Am é o nome de uma hoje extinta companhia aérea, mas que chegou a ser a maior dos Estados Unidos e se tornou sinônimo de liberdade ao glamourizar o estilo de vida de trabalhar “voando” de pilotos e aeromoças. Nenhuma companhia aérea simbolizou mais o charme dessa época do que a Pan Am, neste seriado que marca a estreia de Christina Ricci como protagonista de uma série de TV.

"PanAm" traz uma mensagem de emancipação da mulher, pouco antes de a revolução feminista engrenar. A história gira em torno do quarteto de aeromoças formado por Maggie Ryan (Christina Ricci), a parisiense Colette Valois (Karine Vanasse) e as irmãs Kate e Laura Cameron (Kelli Garner e Margot Robbie). São mulheres que conseguiram com seu emprego escapar do tradicional papel de esposa dona de casa que a sociedade as reservava, levando uma vida de viagens, romance e aventura pelo mundo.

No primeiro episódio, somos apresentados a esse modo de vida e à personalidade das aeromoças. Maggie, de espírito mais rebelde, se vê com problemas com o rígido código de vestimenta da empresa e só é chamada de volta de uma suspensão devido à desistência de outra funcionária. Colette encontra um de seus casos durante o voo e se surpreende quando ele aparece com mulher e filho. Laura e Kate têm uma relação tensa entre si. A primeira tentando encontrar o seu lugar na nova profissão após largar o noivo em busca de uma nova vida. A segunda cansada de viver à sombra da irmã -agora também no trabalho- e acaba envolvida em uma missão de espionagem para agências governamentais.

Completam o elenco principal o piloto Dean Lowrey (Mike Vogel) e o co-piloto Ted Vanderway (Michael Mosley). Dean é o bom-moço de carreira ascendente e apaixonado pela aeromoça Bridget Pearse (Annabelle Wallis). Seus sonhos de casamento, no entanto, são frustrados pelo desaparecimento de Bridget e seu envolvimento com espionagem. Já Ted é o típico galanteador que se acha mais sedutor do que é.

Diferente de outras séries de época que ironizam o passado, “PanAm” transborda saudosismo com sua versão ultrarromântica da década de 1960. Era um momento de maior prosperidade para os EUA, que gozava de uma hegemonia no chamado mundo livre. Uma época na qual o sonho americano ainda não havia sido dilacerado pela guerra do Vietnã e pelos distúrbios sociais da contracultura. "PanAm" é também uma série muito bonita. O clima da época é belamente recriado pelos figurinos, cenários, cabelos e maquiagem.

O pedigree da série é forte, escrita por Jack Orman de "Plantão Médico", dirigida por Thomas Schlamme de "The West Wing" e produzida por uma ex-aeromoça da Pan Am, Nancy Hult Ganis. Mesmo assim, o saudosismo meloso não caiu no gosto do público e a série não decolou na audiência. Ainda não se sabe se ela terá uma segunda temporada.

Após a estreia hoje, "PanAm" terá episódios transmitidos toda sexta-feira no canal Sony às 21h à partir do dia 23 de março. Replays dublados serão transmitidos sábados às 15h, e domingos às 21h.

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