"Rola muita troca de casais nos cruzeiros", diz autor de "Máscaras", nova novela da Record
James Cimino
Do UOL, em São Paulo
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Edu Moraes/Record
Foto do primeiro capítulo da novela "Máscaras". O navio está atracado no Rio. Otávio (Fernando Pavão) vai ao encontro de sua esposa, Maria (Miriam Freeland), que faz um cruzeiro terapêutico a fim de se curar da dpp (depressão pós parto). Na viagem, Maria está acompanhada de seu médico, Dr Décio (Petrônio Gontijo)
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Programada para estrear em abril, “Máscaras”, a nova novela da Record, terá seus conflitos principais iniciados em um cruzeiro, no qual acontecerão os 12 capítulos cruciais do início da trama. Em entrevista exclusiva ao UOL, o autor Lauro César Muniz conta por que escolheu um navio para ambientar parte de sua história, que será de caráter policial.
“Além de ter grande apelo entre o público brasileiro, que ainda vê os cruzeiros como um espaço de glamour, tem uma característica muito forte nesse tipo de viagem: quando as pessoas se desligam do continente, passam a ter a sensação de que estão livres para viver fantasias e para fazer aquilo que as máscaras sociais não permitem. Rola muito sexo extraconjugal nos cruzeiros. Tem aquela movimentação nos corredores, um entra na cabine do outro, rola muita troca de casais, enfim, o cruzeiro acaba virando um bairro onde todo mundo se conhece.”
Todas as declarações do autor são baseadas em sua própria experiência. Ele viajou em um cruzeiro para conhecer a dinâmica desse tipo de viagem, inclusive o autor diz que essa "movimentação pelas cabines" estará bem presente à novela, mas "em cenas implícitas", porque "o país está muito reacionário".
“Máscaras” conta a história de Otávio (Fernando Pavão, que protagonizou “Sansão e Dalila”), um homem atormentado pelo desaparecimento de sua mulher Maria (Miriam Freeland) e do filho recém-nascido. Por trás do sumiço, está uma trama policial.
“Escolhi fazer uma história policial, porque tanto a direção quanto a audiência da Record gostam desse tipo de história. Pode reparar que o jornalismo da emissora é assim: policialesco. Chama-se “Máscaras” porque discute a questão da aparência. Tanto que os personagens principais têm uma ou mais identidades falsas”, conta o autor.
Além disso, outro aspecto da trama envolve o herói Otávio e o vilão Martin (interpretado por Heitor Martinez), que irão trocar de identidade ou, nas palavras do autor, “um veste a máscara do outro”.
Segundo Muniz, a novela também terá um deputado cujo nome é limpo, mas que se beneficia de um laranja (também Heitor Martinez), sem falar na personagem de Paloma Duarte, que não tem identidade nenhuma e que o autor chama de “nameless” (sem nome, em inglês). “Ela cometeu um crime e para escapar da prisão acaba se entregando a uma gangue. Por isso usa várias identidades o que a faz não ter identidade nenhuma.”