Depois de cinco anos nos Estados Unidos, Daniela Escobar volta ao ar em "A Vida da Gente"

Do Pop Tevê

  • PEDRO PAULO FIGUEIREDO

    A atriz dará vida a Suzana, uma mulher discreta, de classe média e que ama a sua família acima de tudo

    A atriz dará vida a Suzana, uma mulher discreta, de classe média e que ama a sua família acima de tudo

Em "A Vida da Gente", próxima novela das seis da Globo, que estreia em setembro, Daniela Escobar se aproxima de um perfil que, a seu ver, é o mais perto da própria realidade dela. A atriz dará vida a Suzana, uma mulher discreta, de classe média e que ama a sua família acima de tudo. "Ela é gaúcha como eu e a trama se passa em Porto Alegre. Talvez seja a personagem mais parecida comigo. Acho que outra assim foi na minha segunda novela, 'A Idade da Loba'", relembra.

Ela é gaúcha como eu e a trama se passa em Porto Alegre. Talvez seja a personagem mais parecida comigo

Daniela Escobar sobre sua personagem de "Vida da Gente"

Daniela Escobar já interpretou uma rica "perua" afetada, uma interesseira e uma mulher torturada e sofredora, entre outras personagens. Mas a atriz se afastou por aproximadamente cinco anos das novelas. Durante este hiato, Daniela dedicou-se a um período sabático nos Estados Unidos, onde estudou Inglês. "Foi uma parada que eu quis dar e uma escolha planejada com antecedência", garante ela, que ao voltar para o Brasil gravou uma participação em "Ti-Ti-Ti". "A Maria Adelaide Amaral é incrível. Eu também sempre quis trabalhar com o Jorge Fernando, que adorei", derrete-se, mencionando a autora e o diretor da última novela das sete.

No novo folhetim de Lícia Manzo – com direção de Jayme Monjardim –, a personagem Suzana, é casada com Cícero, interpretado por Marcelo Airoldi. Eles formam um casal feliz, que não se desentende e que seria um modelo familiar quase ideal, digno de folhetim. Tudo está certo na vidinha simples que levam. Contudo, a fragilidade familiar fica evidente quando a filha Alice, de Sthefany Brito, decide procurar a mãe biológica. Apesar da adoção não ser nenhum tabu para o clã, a situação ganha tons fortes quando a adolescente descobre que a mãe não era como sonhava. "A filha da minha personagem vai sofrer", adianta Daniela.

Quando a decepção chega, a garota volta para a família e lá encontra o conforto dos pais adotivos. "Os laços afetivos são mais importantes que os laços de sangue. Às vezes, a nossa própria família não dá o retorno que os amigos dão. Moro longe da minha há muitos anos, mas eles não podem estar sempre aqui", conforma-se ela, que chegou no Rio de Janeiro com 19 anos. Para Daniela, a vida cria uma "família" paralela, que não tem o mesmo sobrenome, nem o mesmo sangue, mas que ainda assim gera identificação.

Para funcionar como o porto seguro de uma família unida, Daniela tem alguns pensamentos bem estruturados na composição de Suzana. A crença de que a personagem é uma mulher centrada e madura ganha força a cada capítulo que recebe. "Estou adorando o texto da Lícia. Sou puramente emoção. Se o texto me bate na alma, a personagem fala comigo", divaga. Ao mesmo tempo que os sentimentos estão aguçados, a atriz garante não ter nenhuma técnica para dar vida aos seus papéis. No caso de sua nova personagem, Daniela se deixa guiar pelas emoções. "Acredito no amor de mãe e filho. É o único amor que eu vi ser incondicional e verdadeiro", decreta.
    
Além da personalidade, o visual é outro ponto que chamou a atenção da atriz. O figurino é composto por peças discretas. O corte de cabelo – um pouco abaixo do ombro – também foi pensado justamente para destacar esse caráter simplório. "Ela é uma mulher comum, com cabelo comum e tudo 'normalzinho'. Suzana poderia ser sua 'next door', sua vizinha", ressalta. Nesta novela, Daniela ressalta que quer mostrar que, acima de tudo, existe uma família independente de DNA.

Daniela não esconde o desejo de ter participado das primeiras gravações de "A Vida da Gente", que aconteceram em sua terra natal. Porém, nada tira o bom humor da atriz. "As minhas cenas costumam ser dentro de casa e assim acabam sendo no Projac que, aliás, é bem perto de onde moro", conforma-se, aos risos.

(Gabriel Sobreira)

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