Na quarta temporada de "True Blood" as fadas revelam sua verdadeira face; saiba o que vai rolar em Bon Temps (spoiler)

ANA MARIA BAHIANA

Especial para o UOL, de Los Angeles

  • Reprodução

    Sookie (Anna Paquin) e Lafayette (Nelsan Ellis) em cena da quarta temporada de "True Blood"

Se você achava que a vida em Bon Temps já estava animada –e complicada – espere para ver o que acontece a partir de  26 de junho, quando começa a quarta temporada de "True Blood" nos Estados Unidos, ou até a estreia no Brasil, dia 10 de julho. As fadas revelam sua verdadeira face (e planos); o povo-pantera também está cheio de projetos; os metamorfos têm uma intensa vida social; e há um grupo de bruxas na cidade cujas ambições vão bem além do simples culto à natureza. E ainda não falamos dos relacionamentos pessoais…

Sookie (Anna Paquin) está solteira, mas continua rodeada por pretendentes de quase todo o espectro sobrenatural: os vampiros Bill (Stephen Moyer) e Eric (Alexander Skarsgard) e o lobisomem Alcide (Joe Manganiello). Seu irmão, Jason (Ryan Kwanten), tem um súbito e histórico reencontro com a panterinha Crystal (Lindsay Pulsipher). O casal Lafayette (Nelsan Ellis) e Jesus (Kevin Alejandro) continua firme, explorando as dimensões mágicas de seu relacionamento. A vampira teen Jessica (Deborah Ann Woll) está morando com o namorado humano, mas continua dando dores de cabeça. E Tara (Rutina Wesley) encontrou o amor e uma nova profissão em Nova Orleans (mas é claro que tem que voltar a Bon Temps frequentemente).

As bruxas em questão começam como um bem intencionado circulo wiccaniano (lembram daquela garçonete wicca do Merlotte’s? Ela faz parte), mas rapidamente tomam outros rumos, graças à ambição da líder Marnie (Fiona Shaw), uma nova presença do além (Misha Gonz-Cirkl) e aos poderes de Lafayette. Uma consequência é uma deliciosa transformação em Eric, comprovando o quanto Alex Sgarsgard é excelente ator.

Explorando todas as vertentes dos livros de Charlaine Harris, a vitoriosa série da HBO vem dedicando cada temporada a uma faceta do universo de Bon Temps, a fictícia cidade do interior da Louisiana que abriga esta sortida população de humanos e não humanos (e que, na verdade, é filmada em sua maior parte em Los Angeles, nos estúdios da Warner e The Lot).

A primeira temporada manteve-se perto da metáfora dos direitos civis, usando vampiros como substitutos para questões de etnia e identidade sexual num bem humorado debate sobre inclusão e exclusão. A segunda temporada ocupou-se de aumentar a população sobrenatural de Bon Temps e estabelecer as tensões e alianças entre as novas tribos. A terceira temporada aprofundou o tema da magia, seus poderes e responsabilidades, e anunciou a questão política que, a julgar pelos primeiros seis episódios, domina esta quarta temporada.

Na despedida da temporada anterior, o ensandecido Rei Vampiro Russell Edginton (Denis O’Hare) havia declarado guerra aos humanos e sido rapidamente despachado para o além dos vampiros pela ala progressista de sua espécie. Nesta temporada a frase "é assim que estão as coisas na era pós-Edginton" é uma espécie de mantra para várias situações de conflito entre vampiros e humanos, vampiros e outras espécies sobrenaturais e, mais importante até, dos vampiros entre si. Como em outra série de sucesso da HBO, "Game of Thrones", há um vácuo de poder que precisa ser urgentemente preenchido, coisa que, se não é nada fácil para humanos, é definitivamente épica para vampiros, fadas, bruxas, lobisomens e metamorfos.

Quem ganha, com certeza, é o espectador.

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