Mães solteiras têm papel cada vez mais presente nas novelas; veja algumas

CARLA NEVES

do UOL, no Rio

Não é só na vida real que cresce o número de mulheres que assumem sozinhas a criação dos filhos. Na ficção há várias mães que criam os filhos sem um companheiro. Seja por viuvez, pelo pai ser ausente ou simplesmente porque são independentes. Um exemplo típico é a alta executiva Carolina, papel interpretado por Camila Pitanga em “Insensato Coração”. Na história, ela engravida do mulherengo André (Lázaro Ramos), mas decide criar o bebê sozinha – apesar de o pai fazer questão de participar da formação do menino. “Carol tem o sonho da família nuclear, como é o desejo da grande maioria das mulheres. Mas, se não pode realizá-lo, segue em frente. Arregaça as mangas e vai à luta, sozinha”, explica Ricardo Linhares, autor da novela das nove ao lado de Gilberto Braga, por e-mail.

As mulheres não se sujeitam mais a um mau casamento, um marido ausente, um namorado medíocre, apenas para dar uma satisfação à sociedade

Ricardo Linhares, autor

Ricardo afirma que quis retratar essa realidade na trama porque acredita que as mulheres estão mais fortes, com mais controle sobre suas vidas. “A grande mudança, acho eu, aconteceu a partir da independência financeira. Ou, ao menos, a não dependência total do dinheiro do marido. Quem se sustenta, e sustenta os seus, domina as rédeas da sua vida”, argumento.

Para o autor, contudo, a mulher ainda acha melhor ter um companheiro para dividir as dificuldades e as alegrias. Mas se não for um bom companheiro, ele acredita que talvez seja melhor ficar sozinha e assumir a carga de trabalho e responsabilidade sozinha. “As mulheres não se sujeitam mais a um mau casamento, um marido ausente, um namorado medíocre, apenas para dar uma satisfação à sociedade”, afirma.

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