Zen em série policial, Forest Whitaker é o protagonista de "Criminal Minds: Suspect Behavior"

HELOÍSA DALL'ANTONIA

Enviada especial a Los Angeles*

Os segundos iniciais de “Criminal Minds: Suspect Behavior”, --sem data de estreia prevista no Brasil--, já explicam que as chamadas ‘Red Cells’ da unidade de análise comportamental não devem satisfações para ninguém, exceto para o diretor do FBI. Com acesso ilimitado a bancos de dados e contando com toda espécie de recurso, essa força-tarefa não é usada em casos comuns, mas apenas naqueles que envolvem crimes em série ou situações que não pareçam sequer ter um ponto de partida na investigação. É justamente uma dessas Red Cells que Sam Cooper, personagem de Forest Whitaker comanda na nova série, spinoff de "Criminal Minds".

Extremamente equilibrado e zen, Cooper conta com a ajuda de Beth Griffith (Janeane Garofalo), Jonathan "Prophet" Simms (Michael Kelly), Gina LaSalle (Beau Garrett) e Mick Rawson (Matt Ryan) que, apesar de ótimos no que fazem, não têm a mesma tranquilidade do chefe --Prophet, por exemplo, cumpriu pena depois de ter matado um pedófilo--, e tem de lidar com a lembrança do fato ainda no primeiro episódio. O grupo, porém, consegue analisar os casos para os quais são chamados de forma a não deixar nenhum detalhe escapar, no que tem o apoio da geek Penelope Garcia (Kirsten Vangsness), fazendo jornada dupla na série mãe e na nova.

  • Divulgação

    O ator Forest Whitaker é Sam Cooper na série "Criminal Minds: Suspect Behavior"

“Eu estava interessado em explorar a mente humana", contou Whitaker em uma entrevista concedida a mídia internacional da qual o UOL Televisão fez parte. "Isso é algo muito interessante para mim", confidencia, tão centrado quanto seu personagem. Para ele, Cooper é um papel com o qual é possível conviver bem depois que a gravação termina e até crescer como pessoa.

Uma das principais habilidades do time, e principalmente de Cooper, é notar que casos aparentemente desconexos podem fazer parte da mesma história. No episódio piloto, por exemplo, o atencioso protagonista dá atenção a uma mãe da periferia que teve sua filha sequestrada, assim como a garotinha de classe média que é o centro do caso. Decretando ao grupo que agora estarão trabalhando em dois casos simultâneos, Cooper se dá conta, revendo os fatos, de que o responsável pelas duas capturas tem de ser a mesma pessoa.

"Cooper esta sempre dizendo que nós estamos conectados e que há uma luz interior em cada pessoa", diz Whitaker. A postura do personagem é explicada pelo fato de ele ser um ex-seminarista que, mesmo distante de suas crenças, se preocupa não apenas em resolver o crime, mas também em como sua equipe lida com cada situação. E é a isso que o ator atribui como sendo a diferença da nova atração com sua predecessora. "Acredito que é a natureza das pessoas, suas experiências, de onde elas vêm."

Whitaker torce para que as próximas tramas dos episódios possam trazer mais influências internacionais, tendo em vista o passado de Cooper [que se exilou por conta própria durante algum tempo antes de se tornar o chefe] e mesmo o de Rawson, um atirador recrutado das Forças Especiais Inglesas.

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    Cooper (Forest Whitaker) e sua equipe são chamados para atender uma ocorrência em uma escola onde uma bomba explodiu em cena de "Criminal Minds: Suspect Behavior"

Debutando na série mãe
A primeira aparição de Sam Cooper, personagem de Forest Whitaker, em "Criminal Minds" aconteceu no episódio "The Fight", em 2010. Na trama, Cooper e sua equipe se uniam a Hotchner, Rossi e os outros integrantes do grupo de análise de comportamento de Quântico para resolver uma série de crimes acontecidos de tempos em tempos em São Francisco que tinham em comum a morte de sem-tetos com sinais de que haviam lutado até morrer. Por uma iniciativa de Cooper, o caso é relacionado ao desaparecimento de um pai e sua filha, fato recorrente que mais ou menos na mesma época.

*A jornalista viajou a convite da Sony Entertainment Television.

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