Edgard Piccoli iniciou sua carreira como radialista e ficou cerca de 14 anos na MTV, onde teve a oportunidade de entrevistar grandes nomes e bandas do rock, como Ozzy Osbourne, Red Hot Chilli Peppers, Pearl Jam e REM, além de apresentar programas como "Palco MTV", "Jornal da MTV" e "Ultrasom", entre outros. Também fez parte da equipe do canal fechado Multishow, onde continuou no comando de produções do segmento musical. Mas, desde 2010, quando foi contratado pela Band, Edgard está tendo oportunidades de desenvolver um outro lado de seu trabalho. A primeira veio com a apresentação do reality show "Busão do Brasil". Agora, ele se prepara para voltar ao ar com o "Edgar à Tarde", programa que irá comandar nas tardes de sábado. "O desafio é criar uma identidade em um perfil de audiência diversificado, como é o da Band", enfatiza.

À primeira vista, o programa --feito em parceria com a produtora Fremantle Media-- parece bem familiar. Com a presença de uma plateia, a ideia é que a produção tenha entretenimento aliado à informação, música, além de desafios e brincadeiras. "O objetivo é atingir a família inteira", explica. Um dos quadros é uma disputa entre quatro casais. Nele, as mulheres apostam que seus respectivos maridos conseguem realizar determinadas tarefas. Para continuar no jogo, que tem como prêmio uma viagem para algum lugar do mundo, ele precisam completar os desafios. "São coisas engraçadas. Por exemplo, uma esposa aposta que o marido consegue comer cinco pimentas", explica. Também há um quadro de namoro, onde 30 mulheres e um homem participam. Ao longo do jogo, o rapaz vai revelando cada vez mais informações sobre si mesmo e as garotas vão saindo até sobrar apenas uma. "O programa está aberto e deve seguir assim por um tempo, porque é um formato flexível", avalia.

"Edgar à Tarde" deve estrear entre o final de abril e começar as gravações dos quadros no próximo mês. Até lá, a equipe tem se encontrado em algumas reuniões para definir o que vai ser mantido do formato original e o que vai ser criado especificamente para o programa. "Estamos na fase de ajustes, de como vai ser a linha condutora, o que vai ser o mote principal", ressalta. Com algumas indefinições, Edgard ainda não tem certeza se a produção será ao vivo. Mas é para isso que ele torce. "O que vislumbro, nesse momento, é de que a condução seja ao vivo, em um auditório, e que os quadros entrem pré-gravados", imagina. E o fato de ficar de três a quatro horas ininterruptas no ar não o assusta. "Se você trabalha com a criação de quadros que possam representar o entretenimento para toda a família, acho que o programa vai se renovando", conta.              

Como as tardes de sábado já são supridas de programas de entretenimentos por outras emissoras --como o "Caldeirão do Huck", da Globo, "O Melhor do Brasil", da Record, e o "Programa Raul Gil", do SBT-- Edgard acredita que o diferencial do seu programa seja sua própria maneira de apresentar. "Quero associar a experiência que tenho na minha carreira, levar artistas musicais, ter uma banda no programa e uma identidade sonora bem forte, que é o que trago comigo", diz. Quanto à audiência, ele parece não se preocupar muito. Ainda mais porque a produção deve entrar no ar mais cedo que as concorrentes, às 14h. "Só aí a gente tem um desvio de foco que é interessante. A minha ideia é propor algo diferente, que sirva como uma alternativa a esses programas", destaca.

(Por Luana Borges)