Na reta final de "Ti-Ti-Ti", Isis Valverde analisa trajetória de sua personagem

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  • Jorge Rodrigues Jorge/CZN

    A atriz ísis Valverde (7/3/2011)

    A atriz ísis Valverde (7/3/2011)

O sorriso parece nunca sair do rosto de Isis Valverde. Sempre bem-humorada, a atriz se diverte ao falar de Marcela, sua personagem em "Ti-Ti-Ti". Depois de dar vida a jovens mais espevitadas, como a Camila de "Caminho das Índias" e a Rakelli de "Beleza Pura", ambas da Globo, desta vez ela encarna um papel mais maduro. "Achei a Marcela tão espontânea. Não é um personagem tipológico. Ela é mocinha, mas também erra", analisa. Na trama, Marcela já passou por "poucas e boas". Logo no início, engravidou de Renato, interpretado por Guilherme Winter, que preferiu abandoná-la. Deixou Belo Horizonte para tentar a sorte em São Paulo e acabou se tornando uma mulher responsável que trabalha em uma revista de moda. Só que o ex-namorado voltou e agora disputa o amor da moça com Edgard, de Caio Castro. "Muita coisa ainda vai acontecer com ela", avisa.

  • Divulgação/Globo

    Isis Valverde, Guilherme Winter e Caio Castro em cenas de "Ti-Ti-Ti" (2010)

Talvez por isso não tenha "caído a ficha" em Isis de que a novela está na reta final. "Para mim, a história dela ainda não terminou. Tem essa surpresa de com quem a Marcela vai ficar", explica. A atriz geralmente sofre com a despedida de um personagem. E tem certeza de que não vai ser diferente agora. "Parece que estou perdendo um filho. Dá uma dorzinha. Fico mal, choro e depois passa", confessa. Mas, por enquanto, Isis está curtindo a repercussão de seu trabalho. E percebe que as pessoas ficam bem divididas em relação ao desfecho de seu papel. "No início, era uma briga porque queriam que a Marcela ficasse com o Edgard. Agora, tem gente que quer que ela fique com o Renato. Ficam revoltados comigo porque ela está indecisa", conta, aos risos.

Definitivamente, interpretar a Marcela trouxe novas atitudes para Isis. Ela, que sempre foi do tipo medrosa para tomar alguma decisão importante, acredita ter ganhado mais maturidade. Principalmente porque percebeu como, na ficção, sua personagem tem a capacidade de lidar bem com os problemas. "Estou aprendendo muito a parar para conversar. A gente leva algumas coisas do personagem e tem a vivência de algo que nunca presenciou. Foi o que eu tive com a Marcela", avalia a atriz.

Uma outra novidade para a atriz foi contracenar com um bebê. No início, Isis chegou a pensar que não conseguiria, tamanha era a dificuldade. "Era briga de Renato, briga de Edgard, põe criança no berço, pega no colo e a criança chora, grita...", conta. Apesar disso, foram muitas histórias engraçadas. Entre elas, uma cena em que Caio Castro precisava pegar a criança, que estava no colo de Isis. Mas toda vez que o ator segurava o menino, ele chorava. "É muito difícil porque você não pode falar para a criança: 'Ri, chora, fica mudo'. Não tem jeito. Teve uma vez que tive de parar a cena umas quatro vezes para conversar com o garoto porque ele desatou a falar. Tem muita coisa engraçada, é divertido", completa.          

Com cinco novelas no currículo, Isis prefere não eleger um trabalho preferido. No entanto, reconhece que a divertida Rakelli foi um marco em sua carreira. "Acho que foi quando o público me reconheceu como atriz e não como uma carinha bonitinha", acredita ela, que engata em outro projeto assim que "Ti-Ti-Ti" chegar ao fim. Isis vai atuar no filme "Faroeste Caboclo", dirigido por Renê Sampaio, baseado na música homônima de Renato Russo. "Minha personagem vai ser a Maria Lúcia, que é bem sofrida, solitária", conta.

(Por Luana Borges)

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