Maria Flor irá cantar em episódio de "Aline"

PopTevê

  • Luiza Dantas/CZN

    A atriz Maria Flor (18/2/2011)

    A atriz Maria Flor (18/2/2011)

Quatro meses de gravação na pele de uma personagem espevitada, excêntrica e exagerada, deixaram marcas em Maria Flor. Pela terceira vez no papel da personagem-título da série "Aline", a atriz admite que acabou adotando alguns trejeitos da protagonista. "Saia do estúdio enlouquecida, igualzinha a ela. O Bernardo sempre pegava carona comigo e dizia: 'Sai desse tom'. Eu respondia: 'Não consigo sair da Aline'", lembra, aos risos. As semelhanças, no entanto, não vão além do jeito acelerado de Aline. Principalmente no que diz respeito a relação a três que vive com Pedro (Pedro Neschling) e Otto (Bernardo Marinho). "Sou muito careta para viver algo do tipo. A Aline é livre, faz o que bem entende, não tem preconceitos ou preceitos sociais", analisa.

Com uma carreira curta na televisão, mas de personagens de destaque --ela estreou em 2003, como a rebelde Regina de "Malhação" e protagonizou "Eterna Magia", em 2007, ambas na Globo-- Maria Flor viu, no trabalho atual, uma oportunidade de mostrar a vertente cômica. "Era algo que ainda não tinha feito na TV. Meus personagens sempre foram mais dramáticos e pesados. É bom poder variar", destaca. Na história, o triângulo amoroso demonstra também uma relação de amizade muito forte. Longe dos estúdios de gravação, o bom relacionamento entre os atores principais é intenso. "Nos conhecemos durante o processo de seleção para o programa. Hoje, somos muito amigos. A gente costumava se reunir na minha casa para ler os textos e conversar sobre os personagens", conta.

Sua última novela foi "Eterna Magia", em 2007. Trabalhar em projetos curtos está sendo uma preferência?
Não foi nada pensado. As coisas foram acontecendo dessa forma. Quando passei no teste para "Aline", já existia uma pretensão de fazer a primeira temporada e imediatamente fui reservada. Nesse tempo, não recebi nenhum outro convite porque já estava reservada para o programa e não tenho como ser escalada para outras obras da emissora. Acho muito divertido fazer série. Pois é uma obra fechada, tem mais controle sobre o personagem e também porque trabalha intensamente quatro meses e depois fica um tempo maior descansando.

Em algum momento, esse relacionamento a três gerou alguma polêmica diante do público?
De jeito nenhum! O público feminino adora. Acho que é uma libertação porque é mais comum um homem namorar duas mulheres. Ou ter uma mulher e uma amante. De repente, até a mulher sabe e aceita. É um pouco machista isso. Acho que as mulheres se sentem um pouco vingadas por ela ter dois namorados e eles aceitarem conviver com essa situação. Nas ruas, elas dizem: "Eu quero ser igual a Aline", "Poxa, você tem dois namorados e eu não tenho nenhum. Dá um para mim?" (risos).

O último episódio de "Aline" será um musical. Como foi a experiência de cantar?
Foi muito divertido de fazer. A gente gravou em um estúdio com o Branco Mello, que é produtor musical da série e foi um privilégio. Sempre fiz aula de canto, então não foi algo tão estranho para mim. Além disso, hoje em dia, tem tantos programas para afinar, mudar o tom, consertar aquela frase que você não conseguiu alcançar no tom certo. Se fosse ao vivo, ia ser bem mais complicado.

(Por Natalia Palmeira)

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