Em “Passione”, o primeiro encontro entre Gerson (Marcello Antony) e Fátima (Bianca Bin) se deu há poucos capítulos, no dia 5 de novembro. De tanto investigar o passado de Felícia (Larissa Maciel), a menina descobriu que sua mãe havia engravidado do piloto na juventude e que ela era fruto desse romance. Na mesma trama das nove da Globo, Totó só foi conhecer sua mãe, a empresária Bete Gouveia (Fernanda Montenegro), quando já era avô. Isso porque a ricaça sempre pensou que seu filho estivesse morto.

Separar pais e filhos por conta de um segredo é algo tão frequente na teledramaturgia que em “Passione”, por exemplo, o autor Silvio de Abreu usou o recurso três vezes. Como se não bastasse ter descoberto sua mãe tarde, Totó também só soube que Olavo (Francisco Cuoco) era seu pai biológico há pouco tempo. Embora tenha abraçado o empresário quando o encontrou, o italiano agora vive se estranhando com ele.

Em “Caminho das Índias” e “Viver a Vida”, novelas que antecederam “Passione”, os autores também não deixaram de separar pais e filhos. Na trama de Glória Perez, Opash (Tony Ramos) só soube que era filho de Sankar (Lima Duarte) nos últimos capítulos da trama, exibida em 2009 na Globo. Já em “Viver a Vida”, Manoel Carlos criou um conflituoso reencontro entre Bruno (Thiago Lacerda) e Marcos (José Mayer). Logo na primeira vez que se viram, pai e filho tiveram uma calorosa discussão.

Além de recorrer a segredos, alguns autores usam o sequestro como maneira de separar pais e filhos nas histórias. É o caso das novelas “Senhora do Destino” e “A Favorita”. Na trama de Aguinaldo Silva, Isabel/Lindalva (Carolina Dieckmann) foi separada de Maria do Carmo (Susana Vieira) após ser sequestrada por Nazaré (Renata Sorrah). Já na história de João Emanuel Carneiro, Halley (Cauã Reymond) foi sequestrado ainda criança de Donatela (Claudia Raia) e criado longe dela desde então.