Fábio Porchat faz comédia em equipe no seriado "Junto & Misturado"
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Pedro Paulo Figueiredo/CZN
Fábio Porchat, ator e redator de "Junto e Misturado" (14/11/2010)
Em dezembro de 2009, quando foi chamado para integrar a equipe de atores e redatores do seriado "Junto & Misturado", da Globo, Fábio Porchat diz que não demorou para encontrar o formato do atual programa. "O Bruno me chamou e disse: 'olha, fui chamado para fazer um programa na Globo com a galera da nova geração'", conta, se refere ao amigo, ator e redator final do seriado, Bruno Mazzeo. Nos encontros, realizados entre a dupla e os demais integrantes da equipe formada por Aloisio Abreu, Elisa Palatnik, Marcelo Saback e Rosana Ferrão, eles entraram em consenso acerca de como seria o seriado. "É de esquete ou não? São amigos? Será uma coisa mais 'Cilada'? Mais 'TV Pirata'? O que vai ser?", relembra o ator.
Foi após estes questionamentos que o grupo chegou a um denominador comum sobre que tipo de seriado fariam. "São seis amigos que batem papo em situações que a gente faz. Caminham na praia, vão ao barzinho, estão na sala de casa, tomando chope ou suco na loja", diz Fábio. Entre as esquetes abordadas pelo programa, estão assuntos comuns na vida da população: casamento, telefone, burocracia, televisão, esoterismo e política.
Para Fábio, não há problema com eventuais comparações entre o "Junto & Misturado" e o "Cilada", do Multishow ou outras produções. "Este programa tem mais esquetes que o 'Cilada'. Ele tem uma pegada do 'Cilada', do 'TV Pirata', do quadro 'Exagerados' --do 'Fantástico'-- e um pouco de 'Friends', no sentido de que todos são amigos conversando", analisa, aos risos.
Antes de se juntar à equipe do seriado, Fábio foi por quatro anos roteirista do programa "Zorra Total", da Globo. Segundo ele, o grande diferencial do "Junto & Misturado" é agilidade das esquetes. "Em média são quatro esquetes por minuto. Essa é uma média nossa. Se pega por exemplo o Zorra, ele tem esquete de 12 minutos. Claro que não aqui a questão é quantitativa e não qualitativa. Não é porque tem quatro de um minuto que é melhor do que uma de doze minutos", considera.
O teatro é um outro ambiente onde este carioca de 27 anos tem mostrado seus trabalhos. Ele é autor de peças como "Infraturas", "Piquenique no Front", "Olho de Boneca", "Elas Morrem no Fim", "Calabouço" e "Palavras na Brisa". Além disso, em 2006, ele iniciou sua participação no grupo "Comédia em Pé", um dos principais espetáculos de stand up do país. Neste ano, o nome de Fábio Porchat ganhou destaque. E não apenas por seus trabalhos. Em agosto, ele foi um dos responsáveis pela manifestação "Humor Sem Censura", contra a proibição de piadas sobre políticos em época de eleição.
Sobre os tipos encarnados no seriado "Junto & Misturado", Fábio explica que cada personagem tem algo parecido com o ator que o interpreta. "Por exemplo, na cena eu sou o mais expansivo. O Gregório é o mais esquisito. A Débora é a mais alternativa. É uma lente de aumento da situação do cotidiano. É um pouco da pegada que o 'stand up' tem", conta, referindo-se aos colegas Gregório Duvivier e Débora Lamm. Quando encarna o papel de redator, Fábio explica que o texto do programa é muito pensado e articulado. Sendo assim engraçado de forma natural, já chegando no tom para o ator. "Aí o ator é só fazer o que está ali que funciona", finaliza.
(Por Gabriel Sobreira)