"Zero Hour" e "Revolution" surgem como candidatos a "novo Lost"
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Elenco da série "Revolution" (maio/12)
Los Angeles (EUA), 29 mai (EFE).- Em uma nova tentativa de repetir o sucesso de "Lost", as redes de televisão dos Estados Unidos lançarão no último trimestre do ano as séries "Zero Hour" e "Revolution", duas propostas com ambiciosas tramas apocalípticas que foram apresentadas na semana passada.
Os principais canais, como "ABC", "NBC", "Fox" e "CBS", revelaram suas grades de programação para o fim do ano e, a partir de setembro, serão mais de 30 novidades entre comédias e dramas, algumas protagonizadas por atores famosos no cinema como Kevin Bacon, Dennis Quaid e Lucy Liu.
Nesse cardápio televisivo, se destacam as propostas de "Zero Hour" e "Revolution", pensadas para gerar o grau de audiência alcançado por "Lost", e nas quais não faltarão mistérios sobrenaturais, paisagens selvagens e personagens que lutam por sua sobrevivência em uma situação limite.
"Zero Hour", da "ABC" (que exibiu "Lost"), é um drama de mistério que aborda o eterno conflito divino entre o bem e o mal e gira em torno de 12 antigos relógios fabricados por uma extinta ordem religiosa que um desesperado marido terá que encontrar para evitar o caos.
A "ABC" apostará, além disso, em dramas de alta tensão como "Last Resort", sobre os tripulantes de um submarino nuclear dos EUA que, após sentirem-se traídos por seu país, refugiam-se em uma ilha e decidem ameaçar o mundo com suas armas em uma tentativa de limpar seus nomes e voltar para casa.
Os fãs de "Lost" sempre poderão recorrer a "666 Park Avenue", série de conteúdo sobrenatural com Terry O'Quinn (John Locke em "Lost") interpretando um obscuro proprietário de um luxuoso edifício de apartamentos em Nova York.
"Revolution", produzida por J.J. Abrams (uma das mãos por trás de "Lost"), terá como casa a "NBC", a mesma que chamou atenção com a primeira temporada de "Heroes", e fracassou com a apocalíptica "The Event".
Da mesma forma que as anteriores, "Revolution" parte de uma premissa incrível: um repentino e proposital colapso dos sistemas eletrônicos em todo o planeta.
A sociedade fica imersa em uma idade quase medieval, embora um pequeno grupo de pessoas acredite que pode encontrar a resposta para o ocorrido e restabelecer a fonte de energia desaparecida.
Após cancelar "Alcatraz" (também de J.J. Abrams) e a pré-histórica "Terra Nova" (de Steven Spielberg), ambas candidatas a suceder "Lost", a "Fox" optou por dar continuidade a "Fringe" e "Touch" como sua oferta sobrenatural, além de "The Following", drama sobre a procura de um assassino em série.
Kevin Bacon lidera esse projeto, interpretando um ex-agente do FBI que volta a entrar em atividade quando um sanguinário criminoso que já havia mandado para a prisão foge e cria uma rede de seguidores.
Nessa linha de investigação, a "CBS" apostará em "Elementary", que basicamente adapta aos EUA a série britânica "Sherlock" (2010), ao criar um Sherlock Holmes moderno, que lida com os crimes de hoje em dia.
A diferença é que, em "Elementary", a ação acontece em Nova York e o doutor Watson é uma doutora, Joan, interpretada por Lucy Liu.
A máfia também terá espaço na TV americana com a série "Vegas", da "CBS", em que Dennis Quaid vive um xerife de Las Vegas que tenta impedir que os bandidos instalados na "cidade do pecado" na década de 1960 transformem o lugar em seu reduto criminoso.
"Red Widow", da "ABC" e "The Mob Doctor", da "Fox", também são novidades do mundo gangster.
O canal jovem "CW", que também anunciou suas estreias, exibirá a série "Arrow", que se inspira nas histórias do herói Arqueiro Verde, da DC Comics, assim como uma versão atual de "A Bela e a Fera".
Para fazer frente às novas atrações, as cadeias de TV optaram por se desfazerem de títulos nos quais foram depositadas altas expectativas, como os já mencionados "Alcatraz" e "Terra Nova", uma lista de descartes na qual também figuram "The River" e "Pan Am" da "ABC", "CSI: Miami" da CBS, e "Awake" e "The Playboy Clube" na "NBC", entre outros.