Fãs festejam a volta de 'Mad Men' depois de um ano e meio fora do ar


Os fãs de "Mad Men" estão comemorando porque finalmente a série retrô voltará a ser exibida no próximo fim de semana nos Estados Unidos, depois de longo um período de 18 mes fora do ar.

A quinta temporada da premiada produção sobre um grupo de vorazes publicitários nova-iorquinos dos anos 1960 estreará no domingo com um episódio especial de duas horas.

Os fãs privados de seus publicitários da Madison Avenue favoritos desde outubro de 2010 vão reencontrar os ambiciosos publicitários Don Draper (Jon Hamm) e Peggy Olson (Elisabeth Moss) e seus colegas, como Roger Sterling (John Slattery) e Joan Holloway (Christina Hendricks).

"Mad Men" é a única série da história da TV a ganhar o Emmy de melhor drama em cada uma de suas temporadas - quatro em seguida - e, além disso, originou toda uma onda de produções situadas nos revolucionários anos 1960.

Mas o show quase foi cancelado no ano passado, quando as negociações contratuais entre o criador da série, Matthew Weiner, o canal a cabo AMC e a produtora Lionsgate quase entraram em colapso.

"Eu desisto", declarou Weiner ao New York Times, depois que a Lionsgate tentou cortar gastos eliminando membros do elenco, enquanto a AMC pensou em diminuir a duração dos episódios para tornar a série mais lucrativa comercialmente.

Tudo isso contribuiu para, finalmente acertada a volta da produção, um sério atraso na produção da quinta temporada.

Garantindo que todos os atores seriam poupados e assegurando um acordo de US$ 10 milhões por temporada, Weiner concordou em encurtar a duração dos episódios de 47 para 45 minutos, com exceção do início e do fim da temporada.

Depois de assinar o acordo em março de 2011, Weiner agradeceu à AMC e Lionsgate pelo apoio à liberdade artística tanto sua, quanto dos atores e da equipe.

A ironia é que a batalha com os homens do dinheiro ecoaram nos comentários que Weiner fez no blog oficial da série, lançada em 2007, quando traçou um paralelo entre a Madison Avenue e Hollywood.

"Acho que a batalha entre criação e negócio sempre existirá (...) Acho que esses negócios são paralelos entre si. As pessoas da criação gostam de pensar em si mesmas como artistas. E quando há dinheiro envolvido nos dois casos, 'qual é o maior entretenimento?'"

E acresentou: "Eu sempre vi a propaganda como uma forma de entretenimento. E se é entretenimento, você acha que vai vender coisas, mas nem sempre isso é verdade".

Para a AMC, "Mad Men" é, acima de tudo, uma questão de visibilidade. A série teve uma audiência relativamente modesta de 3,2 milhões em sua quarta temporada, bem atrás de seu programa mais popular, "The Walking Dead", com nove milhões.

Mas a influência do seriado vai muito além da audiência semanal, dada a nostalgia que despertou pelos anos 1960 e os 1,8 milhão de fãs que frequentam sua página no Facebook.

A cadeia de lojas Banana Republic criou uma coleção de roupas à la "Mad Men", Estee Lauder fez uma linha de cosméticos e até Barbie e Ken foram lançados ao melhor estilo Draper e sua esposa Betty.

E isso sem mencionar o 'boom' de livros sobre história da propaganda, sobre a própria série e manuais de coqueteis ou moda inspirados em "Mad Men".

A imprensa também não quer perder o grande momento. Para a estreia da nova temporada, a Newsweek produziu uma edição especial como se fosse uma revista de 1965, com fotos, layout e até propagandas retrô.

Weiner disse estar tão ansioso pela nova temporada como os fãs. "Já faz um bom tempo, estou empolgado", declarou ao New York Times.

Ele também declarou esperar que os fãs o perdoem pela espera quando assistirem o episódio de estreia da nova temporada. "É por isso que fiz um episódio de duas horas. Eu não queria que acabasse", brincou.

 

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