SBT derrapa no português em suas novelas
Depois de várias tentativas que não deram em nada, o SBT optou e se fixou na produção de novelas para o público infantojuvenil, que desde "Carrossel" acabou por se transformar em uma via das mais interessantes da sua teledramaturgia. "Chiquititas" está no ar, fala-se agora em "O Patinho Feio" e até em outra versão do próprio "Carrossel", "Carrossel 2", num futuro próximo.
Uma escolha que os próprios resultados atestam como das mais acertadas. O que se exige como necessário, e de forma absoluta em realizações do tipo, é que se desdobre a atenção em suas produções em função do público-alvo.
Diante disso ou principalmente por isso, nada pode ser feito que se confronte com os ensinamentos que as crianças recebem nas escolas ou em casa. A televisão, quer queiram ou não os pais e educadores, em tudo que é bom ou ruim, sempre termina por exercer uma influência muito grande.
Como aceitar, por exemplo, que em "Chiquititas" os seus personagens digam coisas como "vamos se esforçar" ou "haverão outras formas de fazer", entre outras tantas? É inacreditável que não haja um controle mais rigoroso sobre os textos, sem falar na falta de qualidade de alguém que ganha para cometer erros do tipo. São cuidados que deveriam ser indispensáveis e nunca poderiam faltar.
No SBT, especialmente por parte da autora Iris Abravanel, existe o desejo de reprisar "Corações Feridos" na parte da tarde.
Flávio Ricco
Jornalista, passou por algumas das mais importantes empresas de comunicação do país, como Tupi, Globo, Record e SBT. Dirigiu o "Programa Ferreira Netto" e integrou a equipe do "SBT Repórter". Escreve sobre televisão desde 2003. Email: colunaflavioricco@uol.com.br.