Wesley diz que recebe assédio no consultório por ter participado do "BBB11"
Felipe PinheiroDo UOL, em São Paulo
Realizar o sonho de entrar no "Big Brother Brasil" representa para muitos participantes uma chance de dar uma reviravolta na carreira, mas isso não se aplica ao capixaba Wesley Schunk, 28. Vice-colocado da 11ª edição do "BBB", ele disse em entrevista ao UOL que não entrou no reality com a intenção de ficar famoso. Ao deixar o programa, o médico retomou a residência que havia suspendido para entrar no reality do qual saiu com R$ 150 mil no bolso.
"Aproveitei ao máximo a oportunidade que o programa proporciona. No primeiro ano fiz eventos e fui morar nos Estados Unidos para passear e aperfeiçoar o meu inglês. Desde 2014 faço parte do corpo de nefrologia do Biocor Instituto em Belo Horizonte (MG). Também iniciei outra especialização e abri um consultório na cidade voltado à nutrologia esportiva", conta.
Mesmo com os convites que surgiram para ser modelo, Wesley manteve os planos de estudar em sua área. Ele argumenta que nem todos que entram no programa resolvem seguir carreira artística e cita como exemplo o médico cirurgião Rogério Padovan, do "BBB5", e o psiquiatra Marcelo Arantes, do "BBB8", que assim como ele não abriram mão de suas áreas de atuação. "É tudo muito momentâneo, por causa da exposição. Não entrei no 'BBB' para deixar de ser médico, mas pela experiência. Essa é a minha vocação", afirma.
Galã da temporada que participou, o ex-BBB diz notar até hoje o assédio maior das mulheres em relação à vida que levava antes da fama repentina. Passados quatro anos de sua participação, confidencia que ainda recebe cantadas relacionadas ao programa.
"Lógico que o assédio aumenta. Você fica mais visado. Frequentemente no consultório as pessoas que assistiam fazem elogios. Não chega a ser uma cantada, é mais um elogio", declara ele, que garante estar solteiro. O namoro com a campeã do "BBB11", Maria Melilo, durou apenas quatros meses após o confinamento. "O último contato que tivemos foi quando ela passou por um problema de saúde [Maria se submeteu a tratamento para retirada de um câncer no fígado em 2013]. "[O namoro] terminou por incompatibilidade, por morarmos em lugares diferentes e termos objetivos também diferentes", explica.
Para se dar bem no jogo é preciso...
Com uma trajetória bem sucedida no programa, Wesley compartilha um conselho que pode ajudar aos brothers do "BBB15", que tem a estreia marcada para o dia 20 de janeiro.
"Muita gente já entra com o jogo marcado. Tem que agir naturalmente e dançar conforme a música. E não chegar cheio de artimanhas, querer fazer casal. Fazer o máximo possível de amizades também ajuda, mas é difícil porque é um meio cultural muito diverso", reconhece. Um motivo que o médico expõe para explicar o fato dele não ter ganhado o prêmio é por ele ter entrado no decorrer do jogo, ao lado da ex-BBB Adriana. "Os grupos já tinham se formado e o público não me conhecia. Eu era alvo constante de votação. Diria que o que faltou foram mais dias. Se tivesse ficado mais duas semanas poderia ter ganhado", diz ele, que mesmo assim considerou merecida a vitória da ex-namorada.
Wesley afirma que não se desvinculou totalmente do programa e quando pode gosta de assistir ao reality, mas que não chega a ser fanático a ponto de assinar o pay-per-view com transmissão 24 horas do dia a dia na casa instalada no Projac, complexo de estúdios da TV Globo, no Rio de Janeiro.
"Eu gosto de acompanhar. Na primeira edição após a que eu participei, lembro que senti uma pontada de ciúme. É um ciúme bobo. Noventa por cento das pessoas passa por isso. Pensei, 'nossa, o que essa pessoa está fazendo na minha cama?'", lembra com bom-humor.