Sem ir ao BBB, paulista vira "Grazi de Taubaté" com vídeo de inscrição
Matheus Monteiro e Natália GuarattoDo UOL, em São Paulo
A vida de ex-BBB tem vantagens e desvantagens. Para alguns, o sacrifício do confinamento é recompensado pelo cachê em eventos e, para poucos, o programa abre caminho para a fama, como para a apresentadora Sabrina Sato e a atriz Grazi Massafera. Mas e para quem nem chega a entrar na casa, o reality show pode ser bom? A paulista Tathy Marinho diz que sim.
Depois de ter mais de 9 mil visualizações no seu vídeo de inscrição para o "BBB11", Tathy conseguiu um emprego em um programa de televisão em Taubaté, no interior de São Paulo. "O 'BBB' me ajudou muito, mesmo sem ter participado. Por causa do vídeo eu fui chamada para participar de um programa na TV Vanguarda (afiliada à Rede Globo), só que acabou. Depois, acabei indo para o rádio, e como as pessoas daqui têm o hábito de ouvir rádio ainda, acabei ficando bastante conhecida", explica Tathy em entrevista por telefone ao UOL.
A apresentadora, que antes era consultora financeira de uma operadora de celular, conta que hoje faz jornalismo para seguir carreira. "Eu era conhecida como Tathy do 'BBB', hoje eu sou a Tathy da rádio", acrescenta, dizendo que foi selecionada para entrevistas até o "BBB14", mesmo tendo enviado o vídeo apenas para a décima primeira edição.
Para o "BBB15", que já está com as inscrições encerradas, Tathy não se inscreveu e ainda não recebeu contato da produção do programa, mas ela diz não estar triste. "Como eu estou bem na rádio, eu meio que desisti do sonho de entrar no "BBB", mas obviamente que se aparecesse a oportunidade eu entraria. Na verdade, não desisti, apenas desanimei", concluiu, garantindo que iria ter a cidade de Taubaté toda torcendo por ela caso entrasse.
Sobre o processo de seleção, porém, Tathy se mostrou desanimada. "Eu achei a primeira entrevista muito seca, não dá pra eles te analisarem. Na segunda que eu fui, como eles só tinham meu vídeo de 2011, eles se apegaram ao meu passado. Eu perdi de 10 a 15 minutos, que é o tempo que dura a conversa, para explicar coisas do passado. Não pude falar como sou hoje", desabafa ela, que fez a primeira entrevista via internet e as outras em um hotel em São Paulo.
As entrevistas desanimam
Apesar de beneficiar alguns, a inscrição para o "BBB" não agrada tanto assim a outros. O jornalista Leonardo Valente, que também é vocalista da banda Funfarra, reclamou do processo de seleção, principalmente das entrevistas no hotel. "Fui chamado para duas seleções. Na primeira, tinha show da minha banda no dia e não fui. Dois anos depois eu fui selecionado para a regional de São Paulo, em um hotel", explica.
Segundo Leonardo, a espera para as entrevistas durou muito mais que o esperado. "Cheguei às 9h e tinha umas oitenta pessoas na minha frente. Achei que ia sair umas 14h, saí de lá às 18h", afirmou. "Não tinha o que fazer, aí comecei a fazer um som com um músico que conheci no dia. Uma mulher saiu de uma sala e deu uma bronca espetacular. Passamos mais três horas sem fazer nada", reclama Leonardo, que não pretende passar por tudo novamente. "Eu sempre falo que vou tentar de novo, mas dá preguiça", diz Leonardo.