Top 10: Os melhores da TV em 2014 Montagem Pensando nos melhores do ano passado, tenho a impressão que 2014 foi melhor. Produção maior e mais variada, com vários acertos. Mas sei que todas as lista de melhores e piores são sempre muito pessoais, carregadas de subjetividade. As minhas não são diferentes. Terei o maior prazer em acolher os comentários e observações dos leitores, apontando as injustiças das minhas escolhas e me lembrando do que esqueci (Mauricio Stycer) Divulgação/Montagem Meu Pedacinho de Chão: A melhor produção que a TV aberta exibiu em 2014. O remake da novela de Benedito Ruy Barbosa, dirigido por Luiz Fernando Carvalho, fugiu do óbvio, surpreendeu e encantou. O diretor extraiu desempenhos incríveis de atores veteranos como Juliana Paes, revelou o potencial de outros menos conhecidos na TV, como Irandhir Santos, ousou na forma de narrar e apresentar a história, além de brincar com vários gêneros da televisão e do cinema. Recomendo a leitura desta entrevista com Carvalho Mais Estevam Avellar/TV Globo Amores Roubados: Um ano depois da ótima "O Canto da Sereia", José Luiz Villamarin, diretor-geral, e George Moura, autor, apresentaram uma série ainda melhor, de rara qualidade na TV brasileira. Texto, direção, fotografia, elenco afiado, trilha sonora, tudo funcionou bem para contar a história de Leandro (Cauã Reymond), o filho de uma prostituta, Carolina (Cássia Kis Magro), nascido em Sertão, crescido em São Paulo, que volta à cidade, à beira do rio São Francisco, para ganhar a vida como sommelier. A audiência foi às alturas ao ver o protagonista se envolver com três mulheres, a esposa de um coronel (vivida por Dira Paes), a filha (Isis Valverde) do homem mais poderoso da cidade (Murilo Benício) e a mulher dele (Patricia Pillar) Mais Alex Carvalho/Globo Tá no Ar: Com a proposta de rir do universo da televisão, o humorístico criado por Marcius Melhem e Marcelo Adnet tentou oferecer ao público, em sua estreia, uma experiência drástica: ficar diante de um aparelho de TV, mas sem poder algum sobre o controle remoto, que freneticamente passa de uma emissora para outra. Deu muito certo. Com felicidade, a atração resgatou uma velha tradição de programas de humor da Globo, presente desde a década de 60, com foco na crítica bem-humorada ao universo da televisão ? "TV0 ? TV1", "Satiricom", "TV Pirata", entre outros Mais Paula Giolito/Folhapress A Grande Família: Exibida regularmente desde março de 2001, a história da família Silva chegou ao final em setembro de 2014, depois de 14 temporadas. Vários são os motivos para deixar saudades, entre os quais o padrão de qualidade muito alto dos roteiros e da direção, o melhor pai do mundo, Lineu, criado por Marco Nanini, e o pior genro, Agostinho Carrara, vivido por Pedro Cardoso. No genial episódio final, a Rede Globo decide produzir um seriado baseado na vida da família Silva e atores famosos são chamados para interpretar os personagens da série Mais Marcelo Brammer/AgNews Aprendiz Celebridades: Lançado pela Record com a intenção de dar novo fôlego ao reality "Aprendiz", a versão com celebridades não alcançou o sucesso esperado de audiência. Pior para quem não assistiu. O programa comandado por Roberto Justus ao longo de quase três meses foi uma das melhores opções de humor na TV este ano. Beth Szafir e seus palavrões, Nahim espertão e Michele Birkheuer, que sugeriu ao público não assistir a uma novela da própria emissora, são personagens que marcaram o programa Mais Divulgação/Record Plano Alto + Conselho Tutelar: A teledramaturgia segue em posição secundária na grade da Record, mas duas das séries exibidas este ano mostram que a emissora deveria apostar mais neste formato. A primeira, uma história de Marcílio Moraes, foi muito feliz ao recriar o ambiente político do Brasil em 2013. A segunda, uma criação de Carlos de Andrade e Marco Borges, apresentou a difícil situação do órgão de proteção a crianças vítimas de violência e abuso por meio de dois ótimos personagens. Ambas merecem segundas temporadas Mais Roberto Nemanis/SBT The Noite: Sem um programa diário deste gênero desde que Jô Soares voltou à Globo, em 2000, o SBT roubou Danilo Gentili da Band e recolocou a emissora no circuito dos talk shows de fim de noite. Além de levantar a audiência do horário, o programa se mostrou uma boa alternativa, com um cardápio diferente do "Programa do Jô". Muito à vontade e informal, Gentili mostra ter a cara do SBT Mais Arthur Igrecias/SBT Patrulha Salvadora: Maior sucesso do SBT em anos, a novela infantil "Carrossel" deu origem a uma especie de filhote, o simpático seriado "Patrulha Salvadora". Tão ingênua e infantil quanto a novela, a série tem a vantagem de ser menos didática e professoral, além de mais bem produzida. O investimento da emissora em produção própria, mesmo que não muito original, para o público infanto-juvenil é algo que merece ser festejado Mais Reinaldo Canato/UOL MasterChef: Adaptação de um formato britânico que já teve versões em mais de uma centena de países, o programa ofereceu ao público brasileiro a incrível química entre três jurados, todos severos, o brasileiro Henrique Fogaça, o francês Erick Jacquin e a argentina Paola Carosella, além de uma coadjuvante de luxo, a apresentadora Ana Paula Padrão Por mais de três meses, a competição entre cozinheiros amadores foi a maior diversão da TV brasileira Mais Divulgação Que Monstro Te Mordeu?: A TV Cultura segue em crise, com poucos recursos e relevância em queda, mas ainda é capaz de oferecer algumas jóias. Esta série infantil de Cao Hamburger, também criador do "Castelo Rá-Tim-Bum", salvou o 2014 da emissora pública. Cenários incríveis, texto inteligente, produção de alto nível, tudo em "Que Monstro Te Mordeu?" mostra como é possível fazer um programa educativo sem ser chato, divertido e sem apelar Mais