Com saída de Diego, "Fazenda" perde seu "galo de briga" e fica mais pobre

Mauricio Stycer

Mauricio Stycer

Crítico do UOL

Minutos antes de Britto Jr. anunciar a sua eliminação da "Fazenda", Diego Cristo disse: "Cheguei muito puro e sereno, estendendo a mão ao próximo". A frase não combina nada com o desempenho do candidato no reality show, mas confirma a impressão que o programa foi um palco para o ator.

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Desde os primeiros momentos, Diego Cristo buscou ser o galo de briga da edição. Protagonista é aquele personagem que arruma confusão com todo mundo, tendo ou não razão. Ameaça agredir, mas não agride. Ofende, mas diz que foi ofendido. Discute com mulheres, peita os homens e, em momentos extremos, tenta parecer conciliador. A sua palavra de ordem, sempre repetida, é: "Sou verdadeiro".

Este tipo fascinante já foi vivido, com maior ou menor ênfase, por diversos participantes em outras edições e sempre faz muito sucesso. Theo Becker talvez seja, até hoje, o galo doido mais famoso da "Fazenda". 
 
Eliminado logo na segunda roça, e com votação muito baixa (apenas 25% do público queria que continuasse), Diego Cristo deve pensar no que fez de errado.
 
Na minha opinião, o ator arrumou confusão demais em um curto espaço de tempo e, diferentemente de outros sujeitos "nervosos" que já passaram pelo programa, não conseguiu transmitir espontaneidade em muitas das discussões nas quais se envolveu.
 
Em todo caso, quem perde com a saída de Diego Cristo da "Fazenda" é o público. Personagens como o que ele encarnou no reality show da Record fazem toda a diferença e são uma garantia de diversão para quem assiste. É uma pena.

Mauricio Stycer

É jornalista desde 1986. Repórter e crítico do UOL, autor de um blog que trata da alta à baixa cultura, do esporte à vida nas grandes cidades, sempre que possível com humor. Conheça seu Blog no UOL

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