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Coluna do Maurício Stycer

28/09/2011 - 07h01

Esporte favorito dos peões é julgar o outro

Mauricio Stycer
Crítico do UOL

Realities de confinamento como “A Fazenda” oferecem ao público o prazer de espiar e, não menos importante, o de julgar os participantes – o comportamento, o caráter, a aparência física, a moral e a ética deles.

Comportamento quase instintivo, o julgamento alheio é também um dos esportes favoritos dos próprios confinados. Seja para justificar os votos que dão dentro da casa, seja por puro deleite, eles passam o tempo inteiro fazendo juízos sobre os seus colegas e adversários.

Esta semana, uma brincadeira proposta por Thiago Gagliasso deu ares, digamos, “oficiais” à prática de julgar o outro. O ator propôs aos cinco colegas ainda confinados que dessem notas, de zero a dez, aos participantes já eliminados da quarta edição.

Joana, Marlon e Monique destacaram-se na atividade. “Ela fez fofoca da Joana lá embaixo, fez fofoca de mim. Zero”, disse Monique sobre Renata Banhara. “Ela falava muita merda aqui. 6,5”, avaliou Marlon sobre o comportamento de Taciane. “Duda não era essa pessoa tão equilibrada quanto ela estava mostrando ser no começo. 7,5”, julgou Joana.

E a trinca prosseguiu, com raros apartes de Raquel, Valesca e Thiago. “Dou nota 5 para a Anna. Não que seja má pessoa, não. Mas canta mal pra cacete. Ela é prestativa”, disse Joana. “A atitude que Compadre Washington teve com as meninas, eu não gosto. Homem ter que se cavalheiro. Nota 6”, avaliou Marlon. “Um homem que faz o que o Gui fez no jogo, que se vende por R$ 2 milhões, que faz qualquer coisa aqui, como ele fez, deveria levar uma nota abaixo de zero. Menos 5”, disse Monique.

No dia seguinte, Joana se deu conta do que ocorreu. “Estava pensando, não sei se deveria ter falado as coisas de ontem não”, disse. “Eu acho que neguinho pegou muito leve”, completou Monique, sugerindo que a “culpa” foi dos que falaram pouco.

Raquel Pacheco vestiu a carapuça. “Não adianta querer fazer com que todo mundo pense que nem vocês”, disse. Joana irritou-se: “Eu não precisava comprar briga de ninguém. Comprei a sua, comprei de um monte de gente. Porque eu vou pelo certo. Agora, cada um com o seu cada um”. Ao que Raquel concluiu: “Pois é. E a gente tem que respeitar.”

Em conversa com Valesca, exibida no programa de terça-feira, Raquel acrescentou: “Eu não vim aqui para julgar as pessoas”. Já Marlon, questionando Raquel, observou que “ficar em cima do muro” não é uma boa atitude no programa.

Ficar em cima do muro é o oposto de julgar o outro? Não fazer juízos sobre o comportamento alheio é sinônimo de omissão? A resposta a questões como essas, acho, pode pesar na reta final do programa. 

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Mauricio Stycer

Mauricio Stycer é repórter especial e crítico do UOL

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Participantes

  • Anna Markun
  • Compadre Washington
  • Dani Bolina
  • Dinei
  • Duda Yankovich
  • François Teles
  • Gui Pádua
  • Joana Machado
  • João Kléber
  • Marlon
  • Monique Evans
  • Raquel Pacheco
  • Renata Banhara
  • Taciane Ribeiro
  • Thiago Gagliasso
  • Valesca Popozuda
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