Na "guerra dos sexos", mulheres se uniram dentro e fora da "Fazenda"

Mauricio Stycer
Crítico do UOL

Estratégia de defesa, a "conspiração" feminina de Valesca, Raquel, Monique e Joana tem dado bons resultados nesta reta final da "Fazenda"

Desde que se estabeleceu claramente uma “guerra dos sexos” na “Fazenda”, os homens estão perdendo de goleada. Depois da eliminação de Anna Markun, o time formado pelas mulheres não sofreu mais nenhuma baixa. Pela terceira semana seguida um homem é eliminado do reality show.

Compadre Washington, Gui Pádua e agora Dinei caíram diante de Joana Machado e Monique Evans. Junto com Valesca Popozuda e Raquel Pacheco, elas começaram a formar, há um mês, um time para se defender do que entenderam como uma ofensiva tramada pelo principal atacante do programa, o paraquedista Gui.

Reza uma lenda que o público de programas deste tipo é majoritariamente feminino ou, ao menos, que são as mulheres que decidem quem deve ficar e sair das disputas. Isso explicaria a predominância de homens entre os vencedores da maioria das edições do "BBB" e da “Fazenda”.

Não sei... O fato é que nesta quarta edição, além de os peões falarem abertamente que existe uma divisão por gênero, o público tem dado sinais de que prefere as mulheres da casa. Ou que rejeita mais os homens.

O que isso significa? Não faço ideia. Pensando sob o critério da diversão, não faz sentido Dinei ser eliminado – e com tamanha rejeição – com 75% dos votos. Alguma dúvida sobre quem proporcionou as maiores risadas nestes 70 dias?

Monique tem falado abertamente de sua depressão. Chora com frequência. Reclama de muita coisa. Não diverte ninguém que assiste ao programa. Em compensação, parece desprotegida, carente de ajuda. Foi isso que decidiu a votação?

Pensando nas derrotas de Compadre Washington, que brigou e gritou com Monique, e de Gui, que teve sérios conflitos com Joana, Anna e Monique, creio que podemos procurar uma explicação por aí. As mulheres se uniram dentro e fora da casa.