Dinei, como ocorre diariamente na "Fazenda", faz graça, para diversão de Marlon e Monique
No esforço de fugir um pouco da rotina, os peões foram submetidos esta semana a uma brincadeira chamada “Noite dos Covers”, na qual tiveram que encarnar diferentes cantores. À tarde, ensaiaram as músicas que iriam dublar à noite, depois ganharam fantasias, muita cerveja e subiram ao palco.
Alguns mais, outros menos, todos fizeram graça o suficiente para serem objeto de piada no próximo “Legendários”, da mesma Record, que todo sábado passa mais de meia hora explorando e divulgando imagens da “Fazenda”.
Encerrada a atividade, ocorreu a parte mais interessante da “Noite dos Covers”. “Foi muito legal, todo mundo se entregou na brincadeira”, começou Marlon, fascinado com as imitações. O cantor disse então que considera a quarta edição do reality a melhor que já houve. “Está demais, teve até expulsão. Fora o Dinei, que é um personagem”.
Dinei, então, o interrompeu e disse: “Todo mundo é um personagem”. E o ex-jogador acrescentou: “O Gui não foi um, foram 10 personagens”. Thiago Gagliasso discordou: “Sou isso aqui mesmo. Cada um tem uma característica, mas não é um personagem”. Papo de ator, é claro.
Creio que Dinei tem razão duplamente. Todo participante de reality show encarna um personagem, alguns com mais talento do que outros. O paraquedista Gui Pádua, talvez o mais interessante, deu a impressão de ser muitos.
O ex-jogador também parece vários. Em alguns momentos, lembra Vera Verão, personagem que o ator Jorge Lafond encarnou por anos no humorístico “A Praça é Nossa”. Também encarna muito bem o arquétipo de um corintiano de arquibancada, falando todos os plurais sem a letra esse e ignorando a concordância verbal. É, ainda, muita vezes um típico moleque travesso, que adora colocar apelido em todo mundo e nos animais da fazenda.
Mais de uma vez, em conversa com seu “filho”, Thiago, os dois já falaram de um dos papéis que, conscientemente, desempenham no jogo, qual seja, o de divertir os demais.
Dentro de 48 horas, Dinei saberá se os personagens que vem encarnando são, ou não, do agrado do público. Sua rival, Monique Evans, interpreta um personagem radicalmente oposto – sofre de depressão, chora muito, reclama, está triste. Será um duelo interessante.
Mauricio Stycer é repórter especial e crítico do UOL
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