"Negócio da China" promete clima de "novela das sete" às seis - 06/10/2008

06/10/2008 - 01h29
"Negócio da China" promete clima de "novela das sete" às seis

Do PopTevê

Um golpe faz com que o chinês Liu (Jui Huang) consiga roubar US$ 1 bilhão de um cassino. Todas as informações da transação são gravadas em um pendrive disfarçado que mais parece bijuteria. Perseguido pela máfia chinesa, o lutador de kung fu vai parar em Portugal. Lá, conhece a simpática Dona Aurora (Maria Vieira) e, num ato de desespero, esconde o aparelho em sua bolsa, pouco antes dela embarcar para o Brasil. A partir daí, todos partem em busca da tal fortuna, que agora está no Brasil, e nas mãos de quem nem sabe que está bilionário.

É nessa "corrida do ouro" que se desenrola "Negócio da China", nova novela das seis da Globo, que estréia nesta segunda-feira. "Gravamos na China, Portugal e teremos cenas em São Paulo e no Rio. Isso dará uma boa dinâmica à história", acredita o diretor geral, Mauro Mendonça Filho.

O amor entre Lívia e Heitor não basta para segurar o casamento
AS PRIMEIRAS CENAS DA NOVELA
QUEM É QUEM NA TRAMA DE "NEGÓCIO DA CHINA"
VOCÊ ACHA QUE A NOVA NOVELA VAI MELHORAR O IBOPE?

Escrita por Miguel Falabella e com direção de núcleo de Roberto Thalma, a trama promete se fixar no tripé aventura, romance e humor - este último, no entanto, bem menos escrachado que o já conhecido tom de Miguel. "Era, inicialmente, uma novela para o horário das sete. Mas não tive problemas em adaptar. Nas seis, há uma ingenuidade que encanta, e em novela pode tudo. Não faço o 'Globo Repórter', faço ficção. Faço realismo fantástico", declara Falabella.

Ambições à parte, a trama gira em torno das alegrias e frustrações de Lívia, primeira protagonista da carreira de Grazi Massafera. "O frio na barriga não me abandona mais", diverte-se a atriz. Depois de perder boa parte de sua juventude por conta de uma gravidez inesperada, após 11 anos de casamento ela resolve separar-se de Heitor, vivido por Fábio Assunção. A moça parte rumo a Portugal para tentar melhores oportunidades de vida. Mas a empreitada não dá certo e ela volta ao Brasil disposta a recomeçar.

Lívia quer trabalhar, estudar, dar mais atenção ao filho Théo (Eike Duarte), e, quem sabe, voltar às boas com o ex-marido. Isso se sua mãe, Suzete (Yoná Magalhães), sua sogra, Luli Maria (Eliana Rocha), e o ciúme doentio de Heitor permitirem. "Eles se amam, mas não conseguem conviver", define Fábio Assunção, cujo personagem terá de disputar o amor da ex-esposa com João, português interpretado por Ricardo Pereira. O padeiro apaixona-se por Lívia à primeira vista, e fará de tudo para conquistá-la. "Como foi criado em uma aldeia, tudo é novidade para ele. Ainda mais ela, uma mulher linda. Ele fica deslumbrado", conta Ricardo.

Qualquer semelhança com filmes como "O Tigre e O Dragão", "Kill Bill" e "Matrix" não será mera coincidência. As cenas de luta prometem tomadas ambiciosas, onde os atores escalam paredes, dão saltos espetaculares e demonstram domínio corporal. "Tanto nas academias quanto nas ruas, o kung fu estará presente. Seja durante as aulas ou na porradaria mesmo", conta Thiago Fragoso, intérprete de Diego, advogado que descobre no dia da morte do pai que foi fruto de uma inseminação artificial. "Encontrar o pai biológico se torna prioridade na vida dele", reforça.

Causar risadas no público será tarefa do trio inspirado nas protagonistas do seriado americano "Sex And The City". Lausanne (Josie Antello), Aldira (Débora Olivieri), e Lucivone (Maria Gladys) são três amigas inseparáveis, que gastam boa parte do que ganham em roupas e acessórios espalhafatosos. Guiadas por seu estilista favorito, o Toninho de Iguaçu, elas estão sempre antenadas no "mundo fashion". "Elas vão dar o que falar", promete Miguel.

"Negócio da China", pensada originalmente para as 19h, quebra uma sucessão de tramas de época no horário das seis da tarde que vem desde "Alma Gêmea", de 2005. Com a pulverização da audiência, que migrou tanto para outras emissoras quanto para canais por assinatura, freqüentemente a audiência é insatisfatória, abaixo dos 30 pontos. Mas isso parece não preocupar o autor. "Acho que vai bombar. Mas se a audiência não for boa, também, dane-se. Não vou morrer por causa disso. Meu universo é criar um história. Não vivo com contador de audiência do lado", desdenha.

(Por Fabíola Tavernard)

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